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PT suspende Palocci após ele falar em ‘pacto de sangue’ de Lula

Decisão do diretório nacional do partido se dá depois de o PT de Ribeirão Preto, cidade de Palocci, ter instaurado comissão que pode levar à expulsão dele

Por Da redação
Atualizado em 22 set 2017, 20h30 - Publicado em 22 set 2017, 20h28

O Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu nesta sexta-feira suspender por 60 dias das atividades partidárias o ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil Antonio Palocci. O motivo da medida é o depoimento de Palocci ao juiz federal Sergio Moro em um processo da Operação Lava Jato, no qual o ex-ministro disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva firmou um “pacto de sangue” com a Odebrecht em troca de um “pacote de propinas”, que incluía 300 milhões de reais em propina para “atividades políticas”.

“Ao mentir, sem apresentar provas e seguindo um roteiro pré-estabelecido em seu depoimento na 13ª Vara da Justiça Federal, em Curitiba, no último dia 6 de setembro, Palocci colocou-se deliberadamente a serviço da perseguição político-eleitoral que é movida contra a liderança popular de Lula e o PT. Desta forma, rompeu seu vínculo com o partido e descomprometeu-se com a sua militância”, diz a resolução aprovada nesta sexta.

Embora tenham aprovado a suspensão, integrantes da direção petista dizem, de forma reservada, que a punição é inócua já que Antonio Palocci está preso desde setembro do ano passado e afastado há anos das funções partidárias.

Além disso, na última segunda-feira, o diretório municipal do PT de Ribeirão Preto, onde o ex-ministro é filiado, instaurou uma comissão de ética para apurar o caso. Na prática, o PT da cidade do interior paulista deu início ao processo de expulsão de Palocci. “Como abriram uma comissão de ética para ele em Ribeirão Preto, usamos o estatuto e suspendemos por 60 dias”, explicou a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR).

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Ao contrário do PT de Ribeirão Preto, que num primeiro momento chegou a dizer que Palocci havia entregado Lula “sob tortura”, Gleisi entende que o ex-ministro mentiu a Moro para, em troca, obter a redução da pena de 12 anos a qual foi condenado na Lava Jato. “Este não é o entendimento nosso. Somos muito diretos dizendo que Palocci mentiu para negociar a redução da sua pena. Não acho que agiu sob tortura”, disse Gleisi.

O ex-ministro negocia um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal. Na semana passada, VEJA revelou que ele conta em seus depoimentos que, em 2010, quando já coordenava a campanha da ex-presidente Dilma Rousseff, encontrou-se várias vezes com Lula para entregar “pequenas quantias” pedidas por ele. Os maços de dinheiro variavam, conforme Palocci, entre 30.000 reais, 40.000 reais e 50.000 reais. Os valores eram entregues em lugares previamente combinados e seriam usados pelo ex-presidente para custeio de despesas particulares.

(com Estadão Conteúdo)

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