Política

Principal ato pró-Bolsonaro acontece sem Michelle e Tarcísio, em SP

Mulher do ex-presidente participa da manifestação em Belém e governador passa por procedimento na tireoide

Por Valéria França SEGUIR SEGUINDO 2 ago 2025, 16h57

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (Michelle Bolsonaro/Instagram)

Manifestações simultâneas, em pelo menos 17 capitais estratégicas do país, em favor do ex-presidente Jair Bolsonaro, estão marcadas para este domingo, 3. Ato coordenado, batizado de “Reaja Brasil”, o evento tem como ápice o encontro em São Paulo, que acontece na Avenida Paulista, como é de praxe, com organização do pastor Silas Malafaia. Sem a presença de Bolsonaro, por determinação de medidas cautelares do STF, que proíbem a saída de casa aos fins de semana, o protesto também não terá a participação de Michelle Bolsonaro nem do principal aliado da família, o governador Tarcísio de Freitas.

A assessoria de Michelle justificou em nota que a ex-primeira dama já tinha compromisso marcado em Marabá, no Pará, em um evento do PL Mulher. Daí veio a decisão de participar do evento que será realizado na capital paraense, Belém. A decisão é vista por muitos como um afastamento da mobilização central da militância bolsonarista. Não é a primeira vez que Michelle não comparece e isso aumenta o tom das críticas que afirmam que a mulher de Bolsonaro se distancia da agenda pública dele em favor de interesses próprios. Fala-se até em rebeldia com foco nas eleições de 2026.

Outra falta que chama atenção é a do governador Tarcísio de Freitas, passa por uma radioablação da tireoide no Hospital Albert Einstein, no domingo, 3. Trata-se de u procedimento não invasiva, em que nódulos são tratados com frequência de onda de calor, com alta prevista para o mesmo dia. De acordo com a nota da assessoria do governador, ele não irá ao evento por recomendação médica. Apesar da justificativa, sabe-se que aliados de Tarcísio veem com bons olhos a estratégia dele se manter blindado politicamente, neste momento.

Reaja Brasil pede pela anistia dos condenados do dia 8 de janeiro de 2023 e pede o impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao ministro Alexandre de Moraes, além de ser uma reposta às últimas medidas impostas pela Justiça a Bolsonaro, como a tornozeleira eletrônica.