Presidente do PSL convoca ‘fiscais do Jair’ para monitorar eleição
Gustavo Bebianno incentivou a 'totalização paralela dos votos' para, se necessário, contestar o resultado das eleições no TSE
O presidente nacional do PSL, Gustavo Bebianno, convocou, em vídeo publicado na página oficial do partido no Twitter, os “fiscais do Jair” para o domingo 7, dia do primeiro turno das eleições. O dirigente pediu que os eleitores do presidenciável Jair Bolsonaro atuem na garantia da “totalização paralela dos votos” para que, se necessário, o partido possa tomar as ações cabíveis no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Todos nós sabemos que as urnas eletrônicas, que o nosso sistema eleitoral, não nos confere o nível de segurança e de certeza que nós gostaríamos de ter, o que pode comprometer a democracia brasileira”, disse o presidente nacional da legenda. “Seja um fiscal do Jair”, acrescentou.
Para Bebianno, é “muito importante” que os eventuais fiscais, que podem ser voluntários ou representantes oficiais do PSL, colaborem com a totalização paralela dos votos para que, “no futuro, caso necessário”, o partido tome “as medidas judiciais cabíveis perante o TSE”.
O presidente nacional do partido aproveitou o vídeo para explicar como os “fiscais do Jair” podem colaborar com a força-tarefa. “Para isso, é importante que cada um de vocês, meia hora antes do encerramento do horário de votação, compareça na sua zona eleitoral, na sua seção, e que lá, tenha acesso ao boletim de urna”, explicou.
A recomendação de Bebianno é mais uma das declarações da campanha do PSL que coloca em xeque a lisura do processo eleitoral. Sempre que pode, Bolsonaro – que já chegou a dizer que não reconheceria nenhum resultado eleitoral que não fosse a sua vitória; e depois, recuou – faz questão de criticar o argumento da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que alegou que a impressão do voto, uma das propostas que o capitão reformado do Exército defende de forma ferrenha, compromete o sigilo do voto.
Bolsonaro, que lidera as pesquisas, deu declarações de que só seria derrotado em caso de fraude. Em entrevista ao Jornal da Record, nesta quinta-feira 4, o deputado federal reiterou que respeitará o resultado das eleições. Disse, ainda, que não fugirá do “candidato do PT”, em alusão ao ex-prefeito Fernando Haddad, e que acredita em sua vitória, porque não será um embate do “nós contra eles, mas do Brasil contra o PT”.
Mais cedo, em um vídeo publicado em sua página oficial no Facebook, Bolsonaro pediu “empenho” aos seus eleitores para “liquidar a fatura no 1º turno”. Segundo pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira 4, o capitão reformado do Exército tem 39% das intenções de voto.