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Presidente do PT no Rio projeta ‘diálogo da direita à esquerda’ e ‘alianças mais amplas’

Recém-eleito para comandar o diretório fluminense, Diego Zeidan diz que a esquerda no estado ‘se isolou na Zona Sul’ e que a prioridade é reeleger Lula

Por Lucas Mathias Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 jul 2025, 14h26 - Publicado em 8 jul 2025, 13h29

Eleito presidente estadual do PT no Rio, em votação na noite desta segunda-feira, 7, Diego Zeidan projeta uma gestão com amplo diálogo “da direita à esquerda” para os próximos quatro anos do partido. Já de olho nas eleições gerais do ano que vem, aos 26 anos, ele trata como grande objetivo do diretório fazer do Rio um reduto mais confortável para a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). E promete “cumprir o compromisso” de caminhar ao lado do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), na disputa pelo governo fluminense. 

“Nossa maior prioridade é reeleger o presidente Lula. O foco deve ser preparar o terreno no estado do Rio. Para isso, vamos conversar da direita à esquerda, sem medir esforços. Defendemos alianças mais amplas, e o momento não é de priorizar quadros do diretório estadual”, diz Diego a VEJA. 

Para isso, contudo, o partido terá que reverter um cenário desfavorável que tem se repetido nas últimas eleições, com vitórias no Rio de Jair Bolsonaro sobre Fernando Haddad (PT), em 2018, e sobre Lula, em 2022. 

“A direita, e especialmente Bolsonaro, sempre teve como base o Rio de Janeiro. A esquerda fluminense, por outro lado, se isolou na Zona Sul. Temos que retomar nossa base popular organizada e focar no interior do estado”, planeja o recém-eleito mandatário estadual. 

Parte da base do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), o PT deve seguir junto do alcaide em sua provável candidatura ao governo do estado no ano que vem. O apoio é tratado por Diego como uma “aliança prioritária” e um “compromisso firmado” pelo partido. 

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“A legenda pleiteia a vice e indica o ex-prefeito de Maricá Fernando Horta, por ser alguém que pode acrescentar muito à chapa de Eduardo Paes. Já na disputa ao Senado, ainda temos que discutir internamente qual nome será lançado. Há também a possibilidade de apoiar o Alessandro Molon (PSB)”, explica. 

‘Corrente majoritária’

Filho do ex-deputado federal e prefeito de Maricá, Washington Quaquá (PT), com a deputada estadual Rosângela Zeidan (PT), Diego herdou o pragmatismo político do pai. E iniciou sua trajetória política cedo: aos 19 anos, foi nomeado Secretário de Economia Solidária de Maricá, à época comandada por Fabiana Horta. No mandato seguinte, foi eleito vice-prefeito também na chapa encabeçada por Horta, antes de chegar, em 2023, à equipe de Paes. Na capital carioca, foi Secretário de Desenvolvimento Econômico Solidário, antes de chegar à Secretaria de Habitação, pasta que chefia atualmente. 

No eleição para presidir o diretório fluminense do PT, teve o apoio do pai para conquistar 62,2% dos votos. A vitória ganhou porte ainda maior pelo tamanho da chapa derrotada: o deputado federal Reimont, que recebeu 37% dos votos, tinha o apoio de outros caciques do partido no estado, como os parlamentares Lindbergh Farias e Benedita da Silva, além do secretário nacional de Assuntos Federativos, André Ceciliano. 

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Para Diego, a vitória representou o sucesso da chapa que defendia maior diálogo. 

“Derrotamos uma turma que defende um partido com alianças mais restritas. E mostramos que somos a corrente majoritária no PT. Agora, vamos tratar de nos recompor internamente e reorganizar nossas bases”, conclui.

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