Presidente do PT diz que Derrite tenta enfraquecer PF para blindar criminosos
Escolha de Hugo Motta pelo deputado paulista para a relatoria do PL Antifacção é 'desrespeito aos parlamentares' da Câmara, disse Edinho Silva
Relator do PL Antifacção na Câmara dos Deputados, Guilherme Derrite (PP-SP) apresentou, nesta segunda-feira, um relatório com mudanças no texto original apresentado à Casa pelo governo Lula. Entre as modificações, há um dispositivo que condiciona a atuação da PF em investigações contra facções à autorização do Ministério da Justiça e dos governos estaduais.
Presidente do PT, Edinho Silva classificou o relatório de Derrite como “um verdadeiro PL da blindagem para os criminosos”, já que enfraquece a Polícia Federal.
“Todo mundo sabe que o crime não conhece divisas ou fronteiras e que para combater é preciso troca de informações entre as forças de segurança, e não limitar a atuação da PF quando algum governador quiser. O que o governo Lula quer é que a PF atue em conjunto com outros órgãos, já que ela tem inteligência e está em todo o país além de atuar em conjunto com polícias internacionais”, declarou.
Na mesma oportunidade, Edinho também afirmou que possui boa relação com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), que escolheu Derrite para ser o relator do projeto, mas que considera a escolha de “um representante da ultradireita de inspiração fascista para relator de um projeto de autoria do Presidente Lula” como um desrespeito aos parlamentares da Casa.
De autoria do governo Lula, o texto visa endurecer o combate ao crime organizado no país e ganhou urgência depois da megaoperação da polícia contra o Comando Vermelho no Rio, recentemente, que resultou em mais de 120 mortos. As providências incluem, por exemplo, o aumento das penas para envolvidos em facções, além da criação de mecanismos para asfixiar financeiramente os grupos criminosos.
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