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Porta-voz brinca que Bolsonaro gostaria de ir ao jogo do Palmeiras

Presidente deve ter alta médica em três ou quatro dias; vice Hamilton Mourão ocupa a Presidência até terça-feira

Por Estadão Conteúdo
14 set 2019, 15h02

O presidente Jair Bolsonaro está tão disposto que gostaria de ir ao jogo do Palmeiras, que confronta neste sábado, 14, o Cruzeiro, às 19h, pelo Campeonato Brasileiro, em São Paulo, conforme o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros. “Hoje, o doutor Antônio (Macedo, médico de Bolsonaro) teve de dar um puxão de orelha no presidente porque ele queria ir ao jogo do Palmeiras”, disse em coletiva de imprensa, nesta manhã, no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, onde Bolsonaro se recupera de uma cirurgia.

O porta-voz da Presidência disse que Bolsonaro está “muito disposto” e está acompanhado pela primeira-dama, Michelle Bolsonaro. “Nossa expectativa é muito positiva. É um homem forte mentalmente e fisicamente e vem sendo assistido por uma excepcional equipe médica”, acrescentou Barros.

Segundo o boletim médico do Hospital Vila Nova Star, o presidente continua apresentando melhora clínica progressiva. A nota divulgada neste sábado relata que ele segue sem dor, afebril e com melhora dos movimentos intestinais.

No domingo 8, Bolsonaro passou pela quarta cirurgia após o atentado que sofreu durante a campanha eleitoral. Na sexta 13, o médico Antônio Macedo informou que o presidente poderia ter alta entre três e quatro dias, mas que a sua liberação estava vinculada à melhora nos movimentos intestinais e ao avanço nas dietas. A expectativa é a de que o vice-presidente, Hamilton Mourão, permaneça na Presidência da República até terça-feira 17.

O médico afirmou que o intestino do paciente não está evoluindo conforme desejado, mas está melhor. Em todas as cirurgias feitas, conforme ele, houve certo retardo da função intestinal. “Quando a (função intestinal) retorna, aí vai rápido (a recuperação). De ontem para hoje, tivemos uma melhora significante dos movimentos”, explicou Macedo, em coletiva de imprensa, nesta manhã.

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De acordo com o médico, essa demora não estaria relacionada ao procedimento feito no domingo. Ele lembrou que o presidente já havia passado por outras três cirurgias. “São três diferentes. Ele foi muito bem tratado, mas repercutiu com uma paralisia intestinal longa e muitas aderências. Agora, já tinha bastante aderência. Na cirurgia do dia 28 de janeiro, já havia paralisia intestinal. A gente trata, e volta a aderência, então existe uma certa dificuldade no retorno normal da função intestinal”, explicou Macedo.

Segundo ele, existe uma série de substâncias para tentar evitar que aderências voltem a se formar e que uma delas, inclusive, foi usada na cirurgia do dia 28 de janeiro. O médico não revelou qual medicamento foi usado. Disse apenas que é uma substância complexa e a “mais famosa”, mas que a imunização teria sido baixa uma vez que o quadro intestinal de Bolsonaro segue evoluindo no mesmo ritmo.

“Não é muito fácil evitar aderência em um paciente que teve uma peritonite grave, entende? Provavelmente, já tinha uma aderência, mas quando ocorre uma peritonite com a facada e fezes e sangue na barriga, mistura como se fosse queloide interno. A aderência seria, mal comparando, como se fosse uma cicatrização exagerada dentro do abdômen”, detalhou Macedo.

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Apesar das aderências, o médico afirmou que Bolsonaro está muito bem de saúde, com hemograma perfeito e que não tem nada contra. “Ele está com o coração perfeito, com saúde perfeita, com a musculatura perfeita. Não tem nenhum problema crônico que pudesse atrasar a função intestinal”, disse Macedo.

 

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