Picciani, Melo e Albertassi deixam a prisão no Rio
Deputados estaduais, detidos na Operação Cadeia Velha, foram soltos após a Assembleia Legislativa do RJ derrubar prisões decretadas pelo TRF2
Presos desde a última quinta-feira, quando se entregaram à Polícia Federal, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani (PMDB), e os deputados estaduais Paulo Melo e Edson Albertassi, ambos também do PMDB, foram soltos na tarde nesta sexta-feira. Eles ficaram menos de 24 horas na cadeia pública José Frederico Marques, em Benfica, Zona Norte do Rio.
A soltura dos três peemedebistas foi definida na tarde desta sexta-feira pela própria Alerj, que derrubou as prisões por 39 votos a 19, além de uma abstenção. Picciani, Melo e Albertassi devem retomar suas funções parlamentares já na terça-feira que vem, depois do feriado pelo Dia da Consciência Negra.
A decisão dos parlamentares fluminenses saiu às 16h35 e os três deputados presos foram liberados às 18h, após o secretário da Mesa Diretora da Alerj entregar a decisão à administração da cadeia de Benfica. Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi deixaram o presídio no mesmo veículo, de vidros escurecidos. Eles haviam chegado na quinta-feira por volta das 19h20.
A prisão do trio foi determinada na quinta-feira, por unanimidade, pela 1ª Seção Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2). Os três são alvos da Operação Cadeia Velha, desdobramento da Lava Jato no Rio. O Ministério Público Federal suspeita que eles praticaram crimes de corrupção, associação criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas no suposto recebimento de propinas de empresas de ônibus do Rio de Janeiro e de empreiteiras, como a Andrade Gutierrez e a Odebrecht.