Para CNI, apoio dos Estados Unidos acelera entrada do Brasil na OCDE
Entidade avalia que adesão à organização seria positiva para o país, tanto em negociações internacionais quanto em melhoras estruturais internas
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) celebrou nesta terça-feira, 19, a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de apoiar a entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Para a CNI, o apoio de Trump durante seu encontro com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) na Casa Branca, vai acelerar o pedido brasileiro, apresentado em maio de 2017. A indústria avalia que a participação na OCDE acelerará a tramitação das reformas estruturais e melhorar a qualidade das regulações no Brasil, medidas que considera necessárias para o crescimento econômico.
“O Brasil avançou muito na convergência de políticas para participar da OCDE. É o país não-membro com a maior adesão aos instrumentos da organização – já aderiu a cerca de 30% dos instrumentos que envolvem, por exemplo, comércio, tributação e governança. Além disso, o governo brasileiro está comprometido com as reformas da Previdência e reconhece a importância da reforma tributária”, disse a gerente de Política Comercial da CNI, Constanza Negri.
Mais cedo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, avaliou que a discussão sobre a participação americana no pleito do Brasil é a principal medida de cooperação internacional esperada para a relação entre o país e os Estados Unidos. “Estamos conversando, progredindo bastante. Nós gostaríamos de entrar para a OCDE. No nível de cooperação internacional, essa é a nossa primeira conversa”, disse Guedes.
Estudos da CNI mostram que a adesão do Brasil seria positiva para cinco questões estratégicas: investimentos internacionais e negócios de empresas transnacionais; outros tipos de investimento; melhoras na competição; tributos e impostos; e combate à corrupção.
(Com Agência Brasil)