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Padilha diz que é ‘perfeitamente possível’ governar sem PSDB

Ao jornal Folha de S. Paulo ministro afirmou também que governo está preparado para votar denúncia contra Temer, mas que cabe à oposição conseguir quórum

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 18h04 - Publicado em 31 jul 2017, 13h02

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB), disse que o Palácio do Planalto deseja a permanência do PSDB na base aliada, mas que é “perfeitamente possível” governar sem o apoio da legenda, que vem ameaçando desembarcar do governo desde que surgiram as primeiras denúncias contra o presidente Michel Temer (PMDB) no escândalo da JBS., em maio deste ano.

O PSDB tem quatro ministros no governo: Bruno Araújo (Cidades), Antonio Imbassahy (Governo), Aloysio Nunes (Relações Exteriores) e Luislinda Valois (Direitos Humanos). “Primeiro, nós queremos que o PSDB permaneça no governo (…). Mas temos de estar preparados para qualquer baixa que porventura tenhamos na base de sustentação do governo”, disse, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.

Ele afirmou também que o governo está preparado para votar a denúncia por corrupção passiva contra o presidente nesta quarta-feira na Câmara, mas reiterou que cabe à oposição colocar o quórum necessário para a votação. O prosseguimento do processo – caso aprovada na Câmara, a denúncia segue para o Supremo Tribunal Federal (STF) – depende da autorização de ao menos 342 deputados. A votação será nominal – cada parlamentar será chamado ao microfone e deve responder “sim”, “não” ou “abstenção”. O ministro não quis opinar sobre o placar da votação.

O presidente foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por corrupção passiva, tendo como base as delações premiadas de executivos do grupo JBS. Ele ainda é alvo de inquérito pelos crimes de obstrução de justiça e pertencimento a organização criminosa, que podem gerar novas denúncias.

Sobre a exoneração dos que votarem contra o as indicações do partido, Padilha diz que “o governo, ao exonerar, não faz mais do que corresponder a esse desejo de não pertencer à administração”.

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