‘Outro 1964 será inaceitável’, diz Janot após declaração de general
Eduardo Villas Boas escreveu, no Twitter, que "repudia a impunidade" e que os militares estão atentos "às suas missões institucionais"
O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot demonstrou preocupação com as declarações do comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, e de outros militares de alta patente às vésperas do julgamento do habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quarta-feira, no Supremo Tribunal Federal (STF). Na noite da terça-feira 4, Villas Boas escreveu, no Twitter, que “repudia a impunidade” e que o Exército está atento “às suas missões institucionais”.
Ao compartilhar uma reportagem, em que outros generais aparecem dando apoio à manifestação de Villas Boas, Janot escreveu em seu perfil no Twitter: “Isso definitivamente não é bom. Se for o que parece, outro 1964 será inaceitável. Mas não acredito nisso realmente”.
Repercussão
Depois da postagem de Villas Boas, outros militares se manifestaram em apoio ao comandante das tropas. O general José Luiz Dias Freitas, que chefia o Comando Militar do Oeste (CMO), escreveu em seu perfil que Villas Boas “expressa as preocupações e anseios dos cidadãos brasileiros que vestem fardas”. “Estamos juntos, comandante”, finalizou. Antônio Miotto, ex-comandante militar da Amazônia, foi ainda mais entusiasmado. “Estamos juntos na mesma trincheira! Pensamos da mesma forma! Brasil acima de tudo!”, postou o general. Responsável pela Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, o juiz Marcelo Bretas compartilhou a mensagem de Villas Boas acompanhada de um emoji de aplauso.
(Com Estadão Conteúdo)