Os motivos que levam o PL a apostar que a anistia avançará no Congresso
Integrantes do partido acreditam que o clima azedou para o governo
Em meio a ofensiva do PL desde a prisão preventiva de Jair Bolsonaro, o vice-líder da sigla na Câmara, deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS), afirma que o momento político tornou inevitável a votação da anistia para os condenados pelo 8 de Janeiro.
Segundo o parlamentar, a combinação entre o desgaste do governo no Senado, o conflito aberto entre o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, e o presidente da Câmara, Hugo Motta, e a mobilização da oposição após a prisão do ex-presidente formaram um ambiente “maduro” para a pauta avançar. “A grande maioria dos deputados entende que o momento é agora. Não vamos abrir mão da anistia”, disse em entrevista ao programa Ponto de Vista, de VEJA.
Nogueira afirma que o PL passou a tratar a pauta como prioridade absoluta — e que a pressão sobre Hugo Motta vai se intensificar ao longo da semana. O deputado cita ainda que a urgência já aprovada anteriormente, com mais de 300 votos, é o principal argumento para acelerar o calendário: “Os deputados querem votar. O Brasil inteiro fala disso. Não existe clima mais favorável do que este”.
O vice-líder também aposta na comoção interna causada pela situação de Bolsonaro na prisão: ele repete a versão da defesa de que o ex-presidente estaria debilitado e que sua condição médica deveria sensibilizar o comando da Câmara. “Nada mais justo do que pautar a anistia imediatamente”, afirmou.
Nogueira diz que negociações com partidos do Centrão — União, PP e Republicanos — indicam apoio crescente. “O ambiente é propício. O país espera pela pacificação.”
A oposição, garante, não pretende recuar: “Vamos jogar todo o peso possível. É agora ou nunca”.
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