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Operação da PF reacende suspeitas sobre projeto político de Malafaia

O controverso líder religioso não encontrou ampla solidariedade após ser alvo de investigação

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 30 ago 2025, 10h17

A operação da Polícia Federal deflagrada contra o pastor Silas Malafaia jogou luz sobre uma divisão no meio evangélico em relação à postura do líder religioso.

No último dia 20, Malafaia foi alvo de buscas quando chegava de viagem. Também lhe foram impostas medidas cautelares, e ele está proibido de manter contato com o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo e não pode se ausentar do país. Para a PF, há “fortes indícios” da participação do pastor ao lado dos Bolsonaros nos ataques à Suprema Corte e nas negociações para que os Estados Unidos pratiquem “atos hostis” contra o Brasil.

Apesar de entrar na mira das investigações, apontadas como exageradas e persecutórias entre os bolsonaristas, Silas Malafaia não encontrou solidariedade total no meio evangélico. Ao contrário disso.

Figuras religiosas alinhadas aos Bolsonaros há tempos veem o pastor com cautela e desconfiam de suas reais intenções ao buscar proximidade com a família. Para essas pessoas, Malafaia tenta surfar na popularidade do ex-presidente para ele próprio se lançar na política – chegam a dizer até que ele sonha com o Planalto.

Segundo essa corrente, o pastor agiria para criar cizânia entre os filhos Flávio, Eduardo e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro para ele próprio se cacifar como um nome alternativo para representar o ex-presidente em 2026 ou num gesto de demonstração de poder interno. Questionado por VEJA, ele nega (leia abaixo).

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Também se espalha que Malafaia já almejou ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF), Corte que hoje ele ataca. Segundo essa versão, o pastor trabalhou pessoalmente para ser ele, e não André Mendonça, o ministro “terrivelmente evangélico” escolhido por Bolsonaro em 2021.

Conversas com Bolsonaro

A Polícia Federal encontrou diversas mensagens trocadas entre Bolsonaro e Malafaia em julho deste ano, em meio ao tarifaço imposto pelo governo de Donald Trump ao Brasil. Nelas, o pastor ataca Eduardo Bolsonaro, chamado por ele de “babaca”, “estúpido de marca maior” e “idiota”, por discordar de sua estratégia em relação à taxação. Também afirma que a família age com “amadorismo” e usa expressões de baixo calão e com palavrões.

As declarações foram alvos de críticas inclusive entre os apoiadores do ex-presidente. “A linguagem do pastor Silas não é cristã. Eu aprendi que a boca fala do que o coração está cheio”, afirma uma influente figura evangélica. “A bíblia é muito clara em relação a palavras torpes. E ele tem uma linguagem não didática, agressiva e até diabólica. Eu acho que ele se revela muito pelo o que fala”, completa.

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Malafaia: ‘Não estou nem aí para as críticas’

Procurado, Silas Malafaia disse que a PF cometeu um crime contra ele ao violar o seu sigilo e que tem recebido um número de apoios maior do que de críticas.

“Eu não sou candidato a nada. Não sou político, não sou ligado a partido nenhum. Se um operário, um médico e um jornalista podem emitir opinião política, por que um pastor não? Isso é preconceito”, afirmou.

O pastor acrescentou que desde a operação da PF ganhou mais de 300 mil seguidores nas redes sociais, o que indica que sua posição tem respaldo. “Eu não estou nem aí para as críticas. Eu sei quem eu sou e o que eu faço”, disse.

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