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Operação da PF mira compras emergenciais contra Covid-19 em São Paulo

Batizada como Operação Nudus, ação tem como alvo contratos firmados sem licitação na gestão de Bruno Covas, no valor de R$ 11,1 milhões em recursos federais

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 6 ago 2020, 09h54 - Publicado em 6 ago 2020, 09h48

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira, 6, uma operação que investiga supostos crimes de fraude a licitações, associação criminosa, corrupção e peculato em dois contratos emergenciais da Autarquia Hospitalar Municipal da Prefeitura de São Paulo, comandada pelo prefeito Bruno Covas (PSDB).

Batizada como Operação Nudus, a ação cumpre seis mandados de busca e apreensão, determinados pela Justiça Federal em São Paulo. Uma das ordens mira a sede da autarquia municipal, “com o objetivo de confirmar se houve a participação de funcionários públicos”, diz a PF.

Segundo os investigadores, as supostas fraudes foram detectadas com apoio do Tribunal de Contas da União (TCU) e os contratos sob suspeita, no valor de 11,1 milhões de reais em recursos federais para combate à pandemia de Covid-19, foram firmados com dispensa de licitação para a compra de aventais descartáveis.

“Até o momento, apurou-se que durante o processo para a contratação, algumas empresas foram desclassificadas sob argumentos que depois foram ignorados na assinatura do contrato com as empresas investigadas. Há indicativos que o valor da contratação também foi superior ao praticado no mercado na mesma época”, diz a PF.

Ainda de acordo com a investigação, há “estreita ligação” entre as empresas que participaram do processo, “sendo que elas não tinham qualquer experiência ou capacidade técnica e operacional para a confecção de aventais médico-hospitalares, assim como uma das empresas contratadas”.

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Em outra operação nesta quinta, autorizada pelo juiz Marcelo Bretas, da Justiça Federal do Rio de Janeiro, a PF prendeu Alexandre Baldy, secretário de Transportes Metropolitanos do governo de São Paulo, que tem o tucano João Doria à frente. A ação mira suspeita de fraudes em contratos da saúde.

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