Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

O que o STF espera do futuro PGR no cerco a Bolsonaro

Caso das joias e processos ‘esquecidos’ por Aras podem ganhar tração com novo procurador-geral da República mais crítico às posturas do ex-presidente

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 2 set 2023, 12h14

A estratégia da defesa de Jair Bolsonaro de bater de frente com o Supremo Tribunal Federal (STF) e questionar a legitimidade do ministro Alexandre de Moraes de tocar os casos que miram o ex-presidente – argumento invocado pelo capitão e pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro para permanecerem em silêncio nos depoimentos à Polícia Federal na quinta-feira 31 – tem como ponto de chegada o cálculo político de que, quando enfim o mérito da ação estiver pronto para ser julgado, o cenário pode ser menos refratário ao bolsonarismo e levar as acusações de irregularidades na apropriação de joias presenteadas por autoridades estrangeiras a serem arquivadas.

Conforme mostrou VEJA, pelo menos quatro recursos que buscam retirar Alexandre de Moraes dos processos de Bolsonaro foram ignorados pelo magistrado. Afastada do posto na quarta-feira por problemas de saúde, a subprocuradora-geral Lindôra Araújo havia pedido por três vezes que Moraes levasse ao Plenário do STF a legitimidade de ele centralizar, sob o argumento de conexão probatória, os casos que podem alvejar o ex-mandatário. Moraes ignorou as três – e também uma quarta, apresentada pela defesa do ex-presidente.

Na avaliação de integrantes do Supremo, porém, há uma expressiva dose de torcida no diagnóstico de que o futuro de Bolsonaro pode ser menos tortuoso, principalmente diante de recentes projeções do tribunal de que, com o fim do mandato do atual procurador-geral da República Augusto Aras em 26 de setembro, a relação do ex-presidente com o Ministério Público tenderá a ser muito menos pacífica.

Entre os postulantes a sucessor de Aras, o subprocurador-geral Paulo Gonet Branco é apontado por magistrados como o nome ideal para o cargo porque pretensamente teria disposição de denunciar Bolsonaro por episódios como o das joias. Independentemente da eventual escolha de Gonet, o STF espera que o novo chefe do Ministério Público passe o espólio bolsonarista a limpo.

Então braço direito do procurador-geral, Lindôra, além de investir contra Alexandre, apresentou pareceres em nome do MP isentando o ex-presidente de participação na fraude de cartões de vacinação, tema que levou o tenente-coronel Mauro Cid a ser preso em maio por ordem do STF, e de responsabilidade por ataques às urnas eletrônicas, caso que o levou a ser declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com outro titular à frente da PGR, acreditam integrantes do Supremo, a situação necessariamente vai mudar.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.