Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

O Brasil precisa ser passado a limpo, mas sem atropelos, diz Fux

Ministro afirma que STF, que não condenou ninguém ainda na Lava Jato, prioriza a operação, mas que é necessário respeitar o devido processo legal

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 19h38 - Publicado em 8 jul 2017, 08h00

Aos 64 anos, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), sorri nervoso quando perguntado sobre o ineditismo de uma denúncia por corrupção contra o presidente da República e diz acreditar que a depuração da classe política brasileira avançará com ênfase nas eleições de 2018. Indicado pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT), chegou à vaga com a esperança petista de que iria “matar no peito” o julgamento do Mensalão. Foi implacável com as lideranças do PT. Fux é assertivo ao afirmar que todos os políticos denunciados na Operação Lava Jato serão julgados em até cinco anos e que o Supremo não admitirá a prescrição de nenhum caso. Em entrevista a VEJA, o ministro conta que, desde que assumiu o cargo, há pouco mais de seis anos, teve de abandonar uma de suas paixões, a guitarra (na juventude, ele integrou uma banda de rock), e mitigar outra, o jiu-jítsu (é faixa coral). Hoje, com a popularidade que a Lava Jato levou aos juízes, diz que sofre abordagens diárias durante as caminhadas matinais que faz no Lago Sul, o bairro onde mora em Brasília, ocasião em que ouve uma pergunta recorrente: “Quando é que o senhor vai prender aquela gente toda?”.

A Lava Jato em Curitiba desvendou o petrolão e já houve mais de uma centena de condenações. No Supremo, onde se julgam os políticos com foro privilegiado, não houve sequer uma única condenação até hoje. Quando é que o senhor vai prender aquela gente toda? Lá em Curitiba há uma vara especializada só nesse tema. Ela produz, no máximo, dez, quinze sentenças por mês. A competência do Supremo abarca todo o território nacional, todas as matérias possíveis e imagináveis, e nós temos de produzir uma média de 900 decisões por mês. Não temos só a Lava Jato para julgar.

No momento em que a sociedade clama por justiça, não seria o caso de o Supremo fazer alguma coisa para reverter esse quadro? Entendo que o Supremo esteja cumprindo o papel de dar prioridade à Lava Jato. A mudança de competência do plenário para as turmas também teve esse escopo de agilizar o julgamento, porque o Mensalão deixou um exemplo muito difícil, com o plenário mobilizado por seis meses durante todos os dias da semana. Não queríamos experimentar isso de novo. Mas não pode haver atropelos porque este é um momento em que o Brasil está sendo passado a limpo. É preciso respeitar o que se denomina de devido processo legal.

Leia esta reportagem na íntegra assinando o site de VEJA ou compre a edição desta semana para iOS e Android. Aproveite também: todas as edições de VEJA Digital por 1 mês grátis no Go Read.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.