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O acordo do Republicanos para evitar as intrigas dos adversários

Líder do partido na Câmara deve assumir controle da legenda, caso seu colega vença a eleição para presidência da Câmara, prevista para fevereiro de 2025

Por Ricardo Chapola
Atualizado em 8 Maio 2024, 12h51 - Publicado em 27 abr 2024, 20h14

Candidato à presidência da Câmara em 2025, o deputado federal Marcos Pereira (Republicanos-SP) pretende entregar o comando do partido para o colega Hugo Motta (PB), caso ele, Pereira, vença a corrida pela sucessão de Arthur Lira. Atualmente, o parlamentar paulista é o presidente nacional do Republicanos.

Esse acordo foi selado entre os dois no momento em que opositores de Pereira na disputa pela presidência da Câmara começaram a espalhar uma intriga. Segundo boatos,  Hugo Motta estaria articulando para se lançar candidato ao mesmo posto, o que teria aberto um racha no partido.

Motta, no entanto, veio a público para desmentir a história e jurou fidelidade a Pereira. “Essa hipótese não existe porque estamos fechados com a candidatura do presidente Marcos Pereira, com quem tenho excelente relacionamento. Já tenho meu candidato: Marcos Pereira”, garantiu o parlamentar.

Além de Pereira, há outros três pré-candidatos ao posto de presidente da Câmara: Elmar Nascimento (União Brasil-BA), parlamentar próximo a Lira; Antonio Brito (PSD-BA); e Isnaldo Bulhões (MDB-AL). A disputa, nesse momento, encontra-se polarizada entre Pereira e Elmar.

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Marcos Pereira é bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus. Seu partido tem espaço em governos ideologicamente antagônicos. Em Brasília, ocupa o Ministério de Portos e Aeroportos no governo Lula. Em São Paulo, a sigla conquistou o governo em 2022, elegendo Tarcísio de Freitas, ex-ministro de Jair Bolsonaro.

A eleição só vai acontecer em fevereiro do ano que vem, mas a disputa nos bastidores já é intensa. Elmar, por exemplo, é apontado como o favorito, mas é visto pelo Planalto com ressalvas. Lira chegou a pedir apoio do presidente Lula em torno da candidatura de seu aliado, mas conseguiu apenas a garantia de que o governo não vai se envolver.

Uma ala do PT, por sua vez, já iniciou um movimento para enfraquecer a candidatura apoiada por Lira. A ideia seria fazer campanha para Pereira, com quem o PT mantém boa relação e, de quebra, com isso ainda tentar atrapalhar os planos do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) de concorrer à Presidência da República em 2026.

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