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“Não vão me tirar daqui”, diz Bolsonaro a religiosos na frente do Planalto

Presidente defende a volta à normalidade, incluindo partidas de futebol, culpa governadores pelo 'caos econômico' e diz que STF lhe tirou poder

Por Roberta Paduan Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 18 abr 2020, 18h19 - Publicado em 18 abr 2020, 17h17

O presidente Jair Bolsonaro provocou mais uma vez aglomeração entre seus apoiadores. O episódio ocorreu na tarde deste sábado, 18, na frente do Palácio do Planalto. Na aparição, de cerca de 20 minutos, o presidente atacou governadores e afirmou que o Supremo Tribunal Federal (STF) lhe tirou o poder de revogar as medidas de restrição, adotadas após a chegada ao país da pandemia do novo coronavírus. “Não vão me tirar daqui”, chegou a afirmar o presidente.

Por volta das 16 horas, Bolsonaro apareceu na rampa do Palácio para saudar um pequeno grupo de religiosos que seguravam cartazes contra o aborto. Acompanhado de seguranças e do deputado federal Hélio Lopes (PSL-RJ), o presidente foi ao encontro dos apoiadores e fez um discurso em defesa da volta à normalidade no país. Afirmou que o Brasil está mergulhando no caos, que milhões de pessoas estão perdendo sua fonte de renda e o orçamento não vai suportar essa conta.

“Não estou defendendo a economia, estou defendendo o emprego”, afirmou. Segundo o presidente, idosos e portadores de doenças devem ser protegidos, mas os demais não podem se “acovardar” e devem voltar ao trabalho.

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Bolsonaro chegou a defender a volta dos campeonatos de futebol. “Tem time aí que vai decretar falência”, disse. Sem as partidas e com os estádio vazios, na sua avaliação, os clubes “que têm folhas de pagamento milionárias”, não conseguirão honrá-las.

Sem mencionar nomes, o presidente criticou os governadores que decidiram “bloquear tudo” — apesar de nenhum estado ou município ter declarado isolamento total, também chamado de lockdown, em inglês. Atualmente, o estado de São Paulo, governado pelo tucano João Doria, considerado pelo presidente um de seus principais adversários, tem tido dificuldades para alcançar 50% de isolamento.

Bolsonaro também fez questão de afirmar aos manifestantes que o STF lhe tirou poder. “O Supremo falou que eu não tenho autoridade”, disse, referindo-se à decisão unânime tomada pelo colegiado na quarta-feira, 15. O entendimento dos ministros foi que, além do governo federal, os governos estaduais e municipais têm poder para determinar regras de isolamento, quarentena e restrição de transporte e trânsito em rodovias em razão da epidemia do coronavírus.

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De acordo com o presidente, a política de isolamento “começou a mudar um pouco, a partir de ontem, com a mudança”, referindo-se ao novo ministro da Saúde, Nelson Teich, que assumiu ontem a pasta, no lugar de Luiz Henrique Mandetta.

“Ei, ei, ei, Jesus é o nosso rei” e “Fora Maia”

Antes de descer a rampa do Planalto, o presidente aguardou alguns minutos, até que o número de apoiadores aumentasse. Enquanto isso, o grupo de manifestantes intercalou palavras de ordem de cunho religioso: “Jesus, eu confio em vós”, “Ei, ei, ei, Jesus é o nosso rei” e “Inha, inha, inha, Maria é nossa rainha”.

Após a aproximação de Bolsonaro, o coro passou a entoar gritos de guerra, como “Fora Maia”, disparados logo depois que o presidente afirmou que ninguém o tiraria da presidência da República. Bolsonaro tem dito abertamente que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, conspira contra a sua permanência no comando do Executivo.

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Em outro momento, enquanto Bolsonaro falava que os governadores estão arrastando o país para o “caos econômico”, um apoiador gritou: “Nós vamos para a rua abrir o comércio”. Por fim, o presidente deu “parabéns” a quem está indo para a rua se manifestar pela volta à normalidade.

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