Na TV, Bolsonaro prega democracia e amor à pátria e elogia golpe de 1964
Presidente diz que milhões foram às ruas nos anos 1960 para livrar o país da ‘sombra do comunismo’, da radicalização ideológica, da desordem e da corrupção
Em pronunciamento de 3 minutos e 18 segundos em cadeia nacional de rádio e televisão em razão da celebração do Dia da Independência, o presidente Jair Bolsonaro não tratou de temas atuais – nem política, nem economia, nem coronavírus -, exaltou a defesa da liberdade, das instituições democráticas, da convivência social e da soberania e defendeu o movimento que levou ao golpe de 1964. Durante o pronunciamento, reigstros de panelaços em várias partes do país foram postados nas redes sociais.
No início do pronunciamento, o presidente disse que desde 1822 o Brasil assumiu o seu compromisso com a liberdade e a não submissão a países estrangeiros, lembrou as lutas contra invasores do país e a participação brasileira na Segunda Guerra Mundial, contra o nazismo e o fascismo, e citou o movimento pré-golpe militar, que para ele foi uma iniciativa de preservação da democracia e da ordem social.
“Nos anos 1960, quando a sombra do comunismo nos ameaçou, milhões de brasileiros identificados com os anseios nacionais de preservação das instituições democráticas foram às ruas contra um país tomado pela radicalização ideológica, greves, desordem social e corrupção generalizada”, disse. “O sangue dos brasileiros sempre foi derramado por liberdade. Vencemos ontem, estamos vencendo hoje e venceremos sempre”.
Ao final, ele disse que reiterava, como presidente, seu “amor à pátria” e seu “compromisso com a constituição, a soberania, a democracia e a liberdade. “Somos uma nação temente a Deus, que respeita a família e que ama a sua pátria”, afirmou.
Veja a íntegra do pronunciamento: