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Na Record, Bolsonaro parabeniza Palocci e diz que respeitará eleições

Candidato do PSL apareceu na emissora concorrente no mesmo horário do debate da TV Globo, ao qual faltou por motivos médicos

Por André Siqueira Atualizado em 5 out 2018, 00h28 - Publicado em 4 out 2018, 23h22

No Jornal da Record, o candidato à presidência da República Jair Bolsonaro parabenizou o ex-ministro Antonio Palocci por tentar “diminuir o dano” causado pela gestão petista no período em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua sucessora, Dilma Rousseff, presidiram o país.

A entrevista à emissora paulista foi exibida no mesmo horário do debate da TV Globo com presidenciáveis, ao qual o deputado faltou por ordens médicas.

Edir Macedo, dono da TV Record, recomendou voto ao nome do PSL nos últimos dias.

A exibição da conversa, que durou aproximadamente 20 minutos e teve duas interrupções médicas, foi a primeira de Bolsonaro desde a alta médica do hospital Albert Einstein, no último sábado. Questionado se a decisão do juiz Sergio Moro de levantar o sigilo de parte da delação de Palocci poderia interferir no resultado das eleições, Bolsonaro respondeu positivamente. “Ele conta as entranhas do poder, não tem como ele fugir da verdade”, destacando a proximidade de Palocci com a alta cúpula do PT. O presidenciável surpreendeu e aproveitou para parabenizar o ex-ministro de Lula por suas colaborações. “Quem não erra como ser humano? Ele tenta corrigir seus erros com essas ações”, acrescentou o militar. O candidato do PSL disse, ainda, que o PT “traiu os trabalhadores”.

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Na sequência, o deputado atacou as declarações de outro ministro do governo Lula, José Dirceu. “Ele (Dirceu) fala coisas que, se estivessem na minha boca, seriam uma explosão, fala em tomada de poder”, disparou o líder nas pesquisas de intenção de voto.

Resultado das eleições

Bolsonaro reiterou que respeitará o resultado das eleições, dias após ter questionado a lisura do processo eleitoral e afirmado que só seria derrotado se houvesse fraude. O candidato endossou suas já conhecidas críticas à procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que alegou que o voto impresso comprometia a segurança das eleições. Questionado sobre um possível segundo turno contra o ex-prefeito Fernando Haddad (PT), o deputado disse que não “fugirá do candidato do PT”, porque não será um embate do “nós contra eles, mas do Brasil contra o PT”.

Por fim, o presidenciável avaliou que tem chances de ser eleito, justificando que “o povo já conhece os projetos do PT” e pediu o voto dos indecisos, porque “será o fim da nossa pátria se o PT conseguir voltar (à presidência)”.

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