Na Paulista, manifestantes gritam para ministra: ‘Rosa, não vacila’
Voto de Rosa Weber é considerado o fiel da balança no placar apertado do Supremo Tribunal Federal em relação à condenação após prisão em segunda instância
Por Da Redação
Atualizado em 3 abr 2018, 20h49 - Publicado em 3 abr 2018, 20h22
O Supremo Tribunal Federal (STF) – em especial os ministros Gilmar Mendes e Rosa Weber – é o grande alvo do protesto de rua desta terça-feira na Avenida Paulista, em São Paulo, em ato que reúne cerca de 5.000 pessoas, segundo a Polícia Militar.
Aos gritos de “Rosa, não vacila”, os manifestantes defendem a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e confiam que será da ministra o voto decisivo para a rejeição do habeas corpus pedido pela defesa do petista em julgamento nesta quarta-feira, 4, a partir das 14h.
A ministra é considerada o fiel da balança na votação – pessoalmente contra a prisão após condenação em segunda instância, ela tem, no entanto, negado habeas corpus nesse sentido por entender que a posição atual do STF é diferente – em fevereiro de 2016, a Corte mudou o seu entendimento a passou a permitir a detenção após sentença de órgão colegiado, como é o caso de Lula.
“Rosa Weber precisa ser coerente. Ela disse que segue o entendimento do Supremo. Precisa manter o discurso mais uma vez”, disse Rogério Chequer, ex-coordenador do Vem pra Rua e pré-candidato a governador de São Paulo pelo Partido Novo.
Gilmar Mendes, por sua vez, foi representado como “Judas” na manifestação na Avenida Paulista. A foto do ministro foi exibida ao público, instado a gritar palavras de ordem contra ele. As ofensas foram da sua conduta profissional à acusações de corrupção.
Os discursos também tiveram a mesma linha. Se revezam no microfone nomes do setor jurídico alinhados à prisão após segunda instância. Já falaram o ex-ministro Miguel Reale Júnior, um dos autores do pedido de impeachment de Dilma Rousseff, e o promotor Roberto Livianu, do Instituto Não Aceito Corrupção.
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