Moro cancela eventos no ministério, mas ainda não fez teste de coronavírus
Ministro da Justiça esteve recentemente nos Estados Unidos, que registram mais de 1.200 casos do Covid-19
O ministro da Justiça e da Segurança Pública Sergio Moro determinou que sejam cancelados eventos futuros nas instalações do prédio em que trabalha. A medida foi tomada após a decretação de pandemia do novo coronavírus. Até segunda ordem, também estão suspensas solenidades no Salão Negro do ministério, usualmente utilizado para o anúncio de medidas de governo e alvo constante de aglomerações de público. Solenidades já marcadas, em especial as pequenas, serão analisadas caso a caso.
Apesar das primeiras medidas para evitar o acúmulo de pessoas dentro do Ministério da Justiça, Sergio Moro ainda não realizou exames para avaliar uma eventual contaminação pelo Covid-19. Nesta quinta-feira 12, o Secretário de Comunicação Fabio Wajngarten foi diagnosticado com o novo coronavírus. O presidente Jair Bolsonaro também já realizou testes para detectar se pode ter sido infectado. Bolsonaro esteve no último fim de semana nos Estados Unidos, onde participou de reuniões com o presidente Donald Trump.
Moro também esteve nos Estados Unidos recentemente. Na sexta-feira, 6, o chefe da Justiça cumpriu agenda em Washington, onde participou de almoço com o Encarregado de Negócios da Embaixada do Brasil em Washington, Nestor Forster, e de reunião com o Procurador-Geral americano, William Barr.
Em pronunciamento na quarta-feira, 11, Trump anunciou a suspensão de todos os vôos entre os Estados Unidos e a Europa por 30 dias, a serem contados a partir de sexta-feira, 13. A medida tem o objetivo de impedir a transmissão do coronavírus Sars-CoV-19 dos dois lados do Atlântico e não incluirá o Reino Unido. A epidemia no país atingiu 1.232 pessoas, provocou seis mortes e tem causado quedas acentuadas no mercado de capitais até esta quarta-feira. Trump já havia requisitado ao Congresso a liberação de quase 9 bilhões de dólares para o combate e prevenção do Covid-19, causado pelo coronavírus, dos quais 3 bilhões seriam destinados ao desenvolvimento de uma vacina.