Militantes bolsonaristas organizam novo ato no dia 8 de janeiro
A manifestação está sendo convocada pelas redes sociais, ao mesmo tempo em que o governo Lula também organiza um evento lembrar a data
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro iniciaram uma mobilização pelas redes sociais com o objetivo de organizar um ato a ser realizado no dia 8 de janeiro, um ano após a destruição promovida por manifestantes na Praça dos Três Poderes, em Brasília. A organização tem se dado de maneira silenciosa, por grupos montados em aplicativos de mensagem como o WhatsApp.
O convite para a mobilização tem sido disparado a diversas pessoas, sobretudo a parentes de autoridades que vivem em Brasília. Um desses grupos foi batizado de “ANP- 8 de janeiro – Mobilização Nacional”. É administrado por uma mulher chamada Márcia Rabelo, que se apresenta na internet como ex-inspetora da Polícia Civil de Goiás, modelo, administradora de empresa e bolsonarista.
O grupo contém algumas regras que são enviadas a todos que recebem o convite para ingressar nele. É proibido, por exemplo, fazer publicação. É permitido postar “apenas material de apoio ao conteúdo”. “Notícias serão apagadas automaticamente e será removido qualquer um que desrespeite as regras do grupo”, diz o aviso, assinado por Márcia Rabelo, “da direção”. A administradora é dona de um empório em Goiânia.
Governo Lula também prepara ato
Nesta semana, o presidente Lula anunciou que vai realizar uma reunião no dia 8 de janeiro com governadores, parlamentares e empresários. A ideia, segundo ele, é lembrar que a democracia impediu uma tentativa de golpe no ano passado. “Estou convidando todos os governadores, porque dia 8 de janeiro vamos fazer um ato aqui em Brasília para lembrar o povo que tentou se dar um golpe dia 8 de janeiro e que ele foi debelado pela democracia deste país”, afirmou o petista.
No ano passado, mais de milhares de pessoas invadiram o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso. Os manifestantes destruíram tudo o que viram pela frente. Trinta manifestantes já foram julgados e condenados por crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e associação criminosa armada, aborto a penas que chegam a 17 anos de cadeia.