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MDB diz que, ‘no curto prazo’, não será opositor nem aliado de Bolsonaro

Em sua conta oficial no Twitter, partido fala em 'independência ativa' em relação ao novo governo e defende diálogo com o presidente 'caso a caso'

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 30 jul 2020, 20h01 - Publicado em 3 dez 2018, 15h46

O MDB, partido do presidente Michel Temer, anunciou nesta segunda-feira, 3, que vai manter uma “independência ativa” em relação ao governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), e, no curto prazo, não fará nem oposição nem integrará a base aliada. “Discutiremos caso a caso”, diz mensagem publicada na conta oficial da sigla no Twitter.

“A partir de 1º de janeiro, o MDB manterá uma independência ativa. Apoiando medidas que buscam o crescimento do país, gestão eficiente e responsabilidade fiscal”, afirma o partido presidido pelo senador Romero Jucá (RR), que não se reelegeu neste ano.

Em outra mensagem publicada na rede social, o MDB defende que seus parlamentares dialoguem com o governo eleito. “Nós, enquanto partido, já deixamos nossa contribuição em forma de propostas para que os avanços que conquistamos na economia se mantenham”, diz a legenda, em relação às medidas do governo Temer.

Jair Bolsonaro e seus aliados têm adotado a estratégia de ouvir representantes de frentes parlamentares temáticas, como as bancadas ruralista, evangélica e da saúde, para escolher os ministros de seu governo. O presidente eleito busca, assim, reunir apoio no Congresso sem ter de ceder ao toma lá dá cá partidário, que ele rechaçou durante toda a campanha política — barganha na qual o MDB se notabilizou nos governos Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT).

Neste cenário de partidos relegados nas tratativas para a formação do governo, o deputado federal Osmar Terra, do MDB do Rio Grande do Sul, foi escolhido por Bolsonaro para comandar a pasta da Cidadania, fruto da fusão entre Desenvolvimento Social, Cultura, Esporte e de partes do Trabalho.

A indicação de Terra, ex-ministro de Michel Temer, contudo, é vista como da “cota pessoal” do pesselista, e não uma indicação dos emedebistas, mesma interpretação adotada em relação aos três futuros ministros que são filiados ao DEM, sigla que ainda não decidiu se integrará oficialmente a base aliada: Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Tereza Cristina (Agricultura) e Luiz Henrique Mandetta (Saúde).

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