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Líder nas pesquisas, Covas é o principal alvo em debate promovido por VEJA

Atacado por todos os candidatos, prefeito de São Paulo citou as realizações da sua gestão e criticou as propostas dos rivais e o legado petista

Por Da Redação Atualizado em 6 nov 2020, 13h37 - Publicado em 6 nov 2020, 13h00

 

Líder nas pesquisas de intenção de voto e atual prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB) foi o principal alvo dos adversários durante o debate promovido nesta sexta-feira por VEJA na ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing).

Participaram do encontro, além de Covas, os candidatos Guilherme Boulos (PSOL), Márcio França (PSB), Jilmar Tatto (PT), Arthur do Val (Patriota) e Joice Hasselmann (PSL). O candidato Celso Russomanno (Republicanos) foi convidado, mas alegou problemas de agenda para não participar. Sua ausência também foi bastante criticada pelos adversários.

Já na primeira pergunta, Joice escolheu Covas para questionar e acusou o prefeito – e também as gestões anteriores do PT – de ter aumentado “absurdamente” o valor do IPTU. O tucano criticou a deputada federal dizendo que imposto é maior para quem tem mais condições de pagar e que a eventual redução do tributo prejudicaria o financiamento de áreas como saúde e educação.

Na sequência, Covas perguntou a Tatto sobre o que ele pensa da questão da Amazônia, e o petista aproveitou a pergunta para critcar as políticas ambientais de sua gestão na prefeitura, apontando falhas na coleta seletiva e na arborização.

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Boulos também foi acusado por Covas de, ao lado de Russomanno, querer reeditar no segundo turno na disputa pela prefeitura o “Bolsodoria”, em referência à aliança na eleição de 2018 entre o governador João Doria (PSDB) e o presidente Jair Bolsonaro. O candidato do PSOL disse que a cidade de São Paulo “é muito grande para ser um puxadinho do Planalto, como quer Russomanno, ou um puxadinho do Bandeirantes, como quer Covas”.

Em uma pergunta para Joice, Arthur do Val questionou se ela faria o mesmo que fez Covas em março de 2019, que estava de férias na Europa enquanto uma grande enchente paralisou São Paulo, inclusive deixando mortos. Ambos aproveitaram a pergunta, réplica e tréplica para atacar o tucano. Durante uma outra questão, Boulos e Tatto também fizeram uma dobradinha, mas para criticar a atuação de Covas na área da saúde.

Defesa e ataque

Covas também defendeu a sua gestão ao mesmo tempo em que atacava os adversários, como ao criticar proposta de França para acabar com os moradores de rua – o candidato do PSB disse que em noventa dias as prefeitura financiaria as pessoas hoje acolhidas em albergues e hotéis. O tucano disse que “não se faz política social com utopia” e aproveitou para criticar também a gestão de Fernando Haddad, do PT, ao dizer que pegou a prefeitura com um rombo orçamentário e que arrumou as finanças para poder investir em outras áreas.

Em uma pergunta sobre educação, Covas também atacou o PT ao dizer que a incompetência do partido “ficou evidente” na área ao citar a queda de indicadores de qualidade. Ao listar as realizações de sua gestão, no entanto, ele citou a compra de tablets para professsores e alunos e foi atacado por Joice, que criticou o fato de a compra ter ocorrido em ano de eleição, acusando-o de “estelionato eleitoral” – o tucano ficou irritado e pediu direito de resposta, que não foi concedido pela comissão do debate.

Tatto também criticou mudanças feitas no programa de distribuição de leites e ouviu de volta de Covas que as gestões petistas deixaram milhares de crianças à espera de vagas em creches e na educação infantil. Em um dos momentos em que o petista listava tudo o que havia feito como secretário de Abastecimento durante o governo de Marta Suplicy (PT), Covas lembrou que a ex-prefeita, hoje no Solidariedade, apoiava a sua candidatura e não a do petista.

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Covas, em vários momentos, defendeu os investimentos feitos em sua gestão – o maior em oito anos, segundo ele – e citou realizações em saúde, educação e área social, mas foi ironizado por Boulos, que o acusou de descrever uma “realidade paralela”, e por Joice, que disse que o tucano estava “falando da Suíça”.

Liderança

Pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira, 5, mostrou que Covas se tornou o líder isolado na disputa pela prefeitura, com 28% das intenções de voto. Russomanno, que até então estava empatado com o tucano, caiu novamente e foi para 16% das intenções de voto.

Agora empatados com Russomanno dentro da margem de erro (de três pontos percentuais), Boulos, com 14%, e França, com 13%, trocaram vários ataques durante o debate, como logo no início do confronto, quando o candidato do PSOL acusou o rival do PSB de ter promovido três despejos de sem-teto durante o seu período à frente do governo do estado, mesmo sem autorização judicial. França rebateu dizendo que isso não era verdade, que havia ordem judicial e que a diferença entre ele e Boulos, líder do movimento sem-teto, é que um respeita a Justiça e o outro, não.

Aparecendo na sequência na pesquisa Datafolha, Tatto (6%), Arthur do Val (4%) e Joice (3%) se revezaram nos ataques a Covas e – no caso dos dois últimos, em críticas também às gestões petistas.

A íntegra do debate pode ser vista no vídeo abaixo. 

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