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Líder do governo conversou com Alcolumbre após crise do vídeo

Eduardo Gomes (MDB-TO) considera o episódio ‘encerrado’ e diz que 'prioridade é buscar retomada da agenda e minimizar qualquer tipo de estrago'

Por André Siqueira Atualizado em 27 fev 2020, 11h29 - Publicado em 27 fev 2020, 09h37

Após o presidente Jair Bolsonaro divulgar em suas redes sociais uma nota de esclarecimento sobre o compartilhamento de vídeos de convocação às manifestações em apoio ao seu governo e contra o Parlamento, o líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO) conversou com o presidente do Senado Davi Alcolumbre (DEM-AP) e com o ministro da Secretaria de Governo Luiz Eduardo Ramos para definir uma estratégia de atuação na contenção de mais uma crise entre o Executivo e o Legislativo.

“As conversas ocorreram no sentido de, uma vez que o presidente fez seu esclarecimento sobre o episódio, que a gente trabalhasse para compreender isso, para conter a crise. Já temos crises de mais e há, entre nós, o consenso de que a prioridade é buscar a retomada da agenda de governo e minimizar qualquer tipo de estrago”, afirmou a VEJA. Embora fale em crise, o senador relativizou o impacto do episódio que, segundo ele, “tem uma repercussão de comunicação maior que a real”.

Na avaliação do senador, “a partir do momento em que o presidente se manifestou, o assunto está encerrado. Foi um episódio confuso, mas ele será e já está sendo superado”.

Presidente da Câmara, Rodrigo Maia criticou a atitude de Bolsonaro no Twitter: “Criar tensão institucional não ajuda o país a evoluir”. Alcolumbre não se manifestou.

Na terça-feira 26, Bolsonaro divulgou a alguns de seus contatos no WhatsApp dois vídeos de convocação às manifestações marcadas para o dia 15 de março, em apoio ao seu governo e contra o Congresso. Em uma das peças, Bolsonaro é classificado como “cristão, patriota, capaz, justo e incorruptível”. Diante da repercussão negativa, Bolsonaro divulgou uma nota em suas redes sociais na qual afirma que as mensagens divulgadas no aplicativo de mensagens são “de cunho pessoal”.

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As manifestações em apoio ao governo Bolsonaro foram convocadas após o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Augusto Heleno afirmar que o Congresso estava chantageando o Executivo na construção de um acordo para a derrubada do veto presidencial no chamado Orçamento impositivo, no qual a administração federal é obrigada a cumprir as emendas parlamentares.

Questionado se o atrito causado pela divulgação do vídeo pode comprometer o acordo, Eduardo Gomes disse, sem dar detalhes, que “vai existir uma pauta sobre a discussão do acordo” e ressaltou que “o governo vai caminhar para um acordo de procedimento”.

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