Homem ferido em acampamento pró-Lula será ouvido pela polícia
Vítima de ataque prestará depoimento assim que receber alta; uma mulher também foi atingida por estilhaços, mas sem gravidade
O homem que foi baleado durante um ataque a tiros contra o acampamento Marisa Letícia, pró-Lula, em Curitiba, na madrugada do sábado (28), será ouvido pela polícia assim que tiver alta do hospital onde está internado. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da Polícia Civil do Paraná neste domingo.
Jeferson Lima de Menezes, de 39 anos, foi atingido de raspão no pescoço quando uma pessoa chegou a pé até o local onde o grupo estava reunido e disparou. Ele foi internado em estado grave no Hospital do Trabalhador.
Imagens de câmera de segurança registraram o momento em que um homem atirou contra o acampamento. Segundo o delegado titular da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Curitiba, Fábio Amaro, o suspeito chegou em um carro até o local. O autor dos disparos ainda não foi identificado e outras testemunhas, além de Menezes, serão ouvidas.
Uma mulher também ficou ferida no ombro, sem gravidade, durante o ataque. Edna Dantas, coordenadora do acampamento, foi atingida por estilhaços de um tiro que atingiu um banheiro químico, informou a Secretaria da Segurança Pública do Paraná.
O PT informou que mais de 20 tiros foram efetuados contra os militantes, que fazem uma vigília em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “As pessoas que atacaram esse acampamento passaram várias vezes na frente gritando de forma contrária (ao PT). A situação de intolerância e violência no País está muito grave, não podemos aceitar isso”, disse a senadora Gleisi Hoffmann (PR) em um vídeo publicado na página de Lula no Facebook.
Esse é o segundo atentado contra apoiadores do ex-presidente Lula este ano. No dia 27 de março, ônibus que acompanhavam o ex-presidente foram atingidos por tiros no interior do Paraná. Na ocasião, dois tiros perfuraram a lataria de um dos três ônibus da comitiva petista na rodovia PR-473, entre os municípios de Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul, no oeste do Estado. Até o momento a polícia não apontou os responsáveis por este atentado.