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Há um mês foragido, bolsonarista que armou bomba em aeroporto dá drible em Moraes

George Washington foi condenado, mas conseguiu liberdade, casa e emprego, além do uso da tornozeleira dispensado. A PGR pediu nova prisão - e ele desapareceu

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 3 ago 2025, 10h56

O gerente de posto de combustível George Washington de Sousa, responsável por armar uma bomba encontrada nas imediações do aeroporto de Brasília no final de 2022, enfileira a lista dos foragidos do Supremo Tribunal Federal. Também compõem o rol figuras como Allan dos Santos, Paulo Figueiredo e vândalos envolvidos na invasão e depredação do 8 de janeiro.

O caso de George Washington, no entanto, tem algumas particularidades. Preso após confessar a confecção do artefato que foi acoplado a um caminhão-tanque lotado de querosene, disse estar “preparado para a guerra” e pronto “para matar ou morrer”. A perícia indicou que a bomba chegou a ser acionada, mas não explodiu por uma falha no detonador.

Conforme consta em Boletim de Ocorrência, George Washington se declarou apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro e afirmou ter como objetivo “aguardar o acionamento das Forças Armadas para pegar em armas e derrubar o comunismo”. Em seu carro e no apartamento que alugou na capital federal foram encontrados bombas, fuzis, escopetas, pistolas, facas e munições de diversos calibres.

Ele foi condenado a nove anos e oito meses de prisão pelos crimes de explosão e porte ilegal de arma. Apesar disso, teve uma passagem curta na cadeia e logo ganhou liberdade. Como mostrou reportagem de VEJA em maio, George Washington, que era morador de uma cidade do Pará e não tinha contatos em Brasília, conseguiu uma curiosa rede de acolhimento na capital: assim que migrou para o regime semiaberto, ganhou emprego e casa, tudo oferecido por pessoas que diziam não conhecê-lo anteriormente.

Em abril de 2024, o caso do atentado a bomba foi encaminhado por prevenção ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, relator do processo que investiga uma tentativa de golpe no país. Não houve, no entanto, nenhum andamento relevante. Em fevereiro deste ano, a Justiça do Distrito Federal autorizou a migração o regime aberto e dispensou inclusive o uso de tornozeleira eletrônica. George Washington também ganhou o aval, no início de junho, de realizar uma viagem de duas semanas para Belém.

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Um dia após retornar da viagem e cumprir o rito de comparecimento à Justiça, em 18 de junho, a Procuradoria-Geral da República apresentou uma denúncia contra ele e outras duas pessoas envolvidas no ataque a bomba pela prática dos crimes de associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e atentado contra a segurança de transporte aéreo. As penas chegam a quase 30 anos de reclusão.

A PGR também pediu a prisão preventiva do trio, medida acatada pelo ministro Alexandre de Moraes. Na decisão, Moraes alegou que haveria “fortes e graves indícios do risco concreto da reiteração delitiva e à aplicação de lei penal, em razão do descumprimento das medidas cautelares impostas e da fuga após a prática dos crimes”. Os outros dois comparsas de George Washington foram presos. Conforme consta nos autos, porém, o gerente de postos de combustível está “foragido” e em “local incerto”.

Sem saber do paradeiro de George Washington, Moraes determinou a notificação para a apresentação da defesa por edital – e, até o momento, também não houve resposta. Procurada, a defesa do acusado não quis se manifestar.

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