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Garimpeiro multado em R$ 400 mil pelo Ibama faz doação a Bolsonaro

Autuado por irregularidades no Pará em 2013, Ney Garimpeiro fez PIX de 10.000 reais à campanha do presidente no início do mês

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 20 out 2022, 14h28 - Publicado em 20 out 2022, 14h14

Muito à frente do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em volume de doações de pessoas físicas no segundo turno da eleição presidencial, o presidente Jair Bolsonaro recebeu no início do mês, pouco após o primeiro turno, uma doação de um garimpeiro muito conhecido no Mato Grosso e no Pará, multado em 400.000 reais pelo Ibama em 2013 por irregularidades ambientais. Valdinei Mauro de Souza, o Ney Garimpeiro, fez um PIX de 10.000 reais à campanha de Bolsonaro em 7 de outubro.

Segundo o sistema de autuações ambientais do Ibama, Ney foi autuado em 6 de agosto de 2013 por irregularidades na cidade de Itaituba (PA), a “Cidade Pepita”, epicentro do ouro ilegal no país, como mostrou reportagem de capa de VEJA em abril. Entre os artigos nos quais ele foi enquadrado está o de “destruir ou danificar florestas ou qualquer tipo de vegetação nativa ou de espécies nativas plantadas, objeto de especial preservação, sem autorização ou licença da autoridade ambiental competente”. Conforme o Ibama, o status da multa ao garimpeiro bolsonarista é o de que ele foi notificado via edital para apresentar alegações finais. Ney foi alvo de outras três autuações ambientais em 2006, em Poconé (MT), num valor total de 39.000 reais, todas já quitadas.

De acordo com registros da Agência Nacional de Mineração (ANM), Ney Garimpeiro tem pouco mais de 1.700 hectares em permissões para lavra garimpeira de ouro e minério de ouro em duas cidades do Mato Grosso. Em Poconé (MT), maior base do empresário, são 1.325 hectares, o equivalente a cerca de 1.800 campos de futebol, enquanto há outros 408 hectares em Nossa Senhora do Livramento (MT). Em nome do garimpeiro e de uma de suas empresas, a Mineração do Pará Ltda., há ainda dezenas de autorizações e pedidos para pesquisa mineral em cidades como Jacareacanga (PA), Itaituba e Comodoro (MT).

Considerado o histórico de doações eleitorais de Ney Garimpeiro, a contribuição a Jair Bolsonaro pode ser considerada até bastante modesta. Só na eleição de 2020, ele doou 200.000 reais à campanha de Valmir Climaco (MDB), o polêmico prefeito de Itaituba. Em 2022, fez doações de 150.000 reais a um candidato a deputado federal pelo Mato Grosso, e 100.000 reais e 50.000 reais a duas candidatas a deputada estadual mato-grossenses – apenas uma delas, Janaína Riva (MDB), foi eleita.

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