Foro de São Paulo combate o “imperialismo”, mas cobra inscrição em dólar
Partidos que defendem os ditadores de Nicarágua, Cuba e Venezuela se reúnem em Brasília no final deste mês
Representantes de partidos de esquerda de 27 países da América Latina e Caribe irão se reunir no final do mês em Brasília. O local para o 26º encontro do Foro de São Paulo foi escolhido após a vitória eleitoral do presidente Lula, que deverá ser a grande estrela do evento. Sob o lema “integração regional para avançar a soberania latino-americana e caribenha”, o Foro vai receber, entre outros, representantes do Partido Comunista de Cuba, a Frente Sandinista de Libertação Nacional e o Partido Socialista Unido da Venezuela — legendas que dão sustentação a ditaduras da região.
Formalmente, o encontro tem o objetivo de integrar os países, discutir políticas de proteção da natureza, além combate contra os efeitos do que a esquerda chama de “neoliberalismo”. Apesar da aversão ao “imperialismo” dos Estados Unidos, os organizadores estabeleceram uma taxa de inscrição de 250 dólares americanos para cada partido e de 50 dólares para cada participante individual.
O Foro foi criado em 1990 por Lula e pelo ditador cubano Fidel Castro. A pauta deste ano contará com discussões sobre o Mercosul, a Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba), a União das Nações Sul-Americanas (Unasul) e da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).