Esvaziado, GSI quer criar ‘agência’ que vai custar R$ 594 milhões por ano
Gabinete militar, que perdeu o comando da Abin e já não faz mais a segurança do presidente da República, pretende focar em proteção cibernética

O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), órgão formado em sua maioria por militares, está sendo esvaziado no governo Lula. Primeiro, perdeu o comando sobre a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que foi transferida para a Casa Civil. Depois, deixou de ser responsável pela segurança do presidente da República, atribuição que foi repassada para a Polícia Federal.
Relegado a segundo plano, o GSI agora quer criar uma “agência” para cuidar da segurança cibernética: a Agência Nacional de Cibersegurança, ou ANCiber, que teria um quadro de pessoal com crescimento gradual, chegando a 800 servidores em seu quinto ano de funcionamento. A nova estrutura custaria 594 milhões de reais por ano, valor módico, conforme o GSI, porque “estimativas de consultorias internacionais” apontariam perdas financeiras com ‘ciberofensas’ no Brasil de 100 bilhões de dólares anuais.