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Escorregão e denúncias fazem ministro petista voltar a ser alvo de fogo amigo

Governistas retomaram as críticas a Wellington Dias, responsável pelo Bolsa Família, que chegou a ter a demissão cogitada no ano passado

Por Daniel Pereira 15 fev 2025, 17h46

O petista Wellington Dias comanda uma das pastas mais cobiçadas da Esplanada, o Ministério do Desenvolvimento Social, responsável, entre outros programas, pelo Bolsa Família, cujo orçamento no ano passado foi de 168 bilhões de reais. Escolha pessoal de Lula para o cargo, Dias não tem até aqui uma atuação destacada.

No ano passado, a sua demissão chegou a ser cogitada por aliados do presidente porque, segundo eles, o ministro gera poucos dividendos de imagem ao governo apesar de ter instrumentos poderosos à disposição. Honrando a tradição de fogo amigo no PT, quadros do partido diziam que Dias deveria ser substituído pela presidente da legenda, a deputada Gleisi Hoffmann, agora cotada para a Secretaria-Geral da Presidência.

As mudanças no ministério ainda não foram realizadas. Na virada do ano, Wellington Dias parecia ter se livrado da ameaça de demissão, mas conversas nesses sentidos voltaram a circular como especulação. Um dos motivos foi o tremendo escorregão que ele deu ao indicar numa entrevista a possibilidade de reajuste do valor do Bolsa Família para neutralizar os efeitos da inflação dos alimentos.

Diante da repercussão negativa no mercado, que cobra corte e não aumento de despesas, o ministro foi desautorizado. O chefe da Casa Civil, Rui Costa, divulgou uma nota para negar a existência de um estudo sobre um possível reajuste do benefício. Já o novo titular da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, o marqueteiro Sidônio Palmeira, também reclamou de Dias, que teria criado mais uma agenda negativa para a administração e desrespeitado a determinação de que todo anúncio tem de ser previamente combinado e aprovado.

Marmita fantasma

Nas últimas semanas, Wellington Dias passou a enfrentar outro motivo de desgaste. O jornal O Globo revelou que ONGs contratadas pelo ministério para distribuir quentinhas, ligadas a parlamentares do PT, não entregaram as refeições previstas em contrato com o governo federal. O dinheiro desembolsado para garantir marmitas a pessoas em situação de vulnerabilidade, como moradores de rua, foi embolsado sem a devida prestação do serviço.

Após a divulgação da irregularidade, o Ministério do Desenvolvimento Social acionou a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) para apurar a suspeita de desvio de verba. A pasta também anunciou a suspensão de contratos com entidades envolvidas no caso. Foi uma forma de tentar conter o desgaste num momento em que, segundo a Transparência Internacional, aumentou a percepção pela população de que existe corrupção no Brasil. Pior do que comida cara, é comida surrupiada daqueles que precisam da ajuda do Estado para sobreviver.

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