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Envolvimento político minou imagem do Exército com os brasileiros, diz pesquisa

Instituição realiza levantamentos internos para mensurar a confiança da população e definir balizas para a comunicação

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 14 set 2025, 16h29

Todos os anos, o Exército leva a campo uma pesquisa de opinião para mensurar a imagem da instituição perante a sociedade. O levantamento segue os padrões dos principais institutos – 2.000 homens e mulheres de quase todos os estados respondem a questionamentos elaborados pela força. Os dados servem para balizar as estratégias internas de comunicação.

Por meio da Lei de Acesso à Informação, VEJA obteve a íntegra das pesquisas realizadas nos últimos quatro anos, pegando o fim do governo de Jair Bolsonaro e os três primeiros anos da gestão Lula, que coincidem com o julgamento de 21 militares por envolvimento na trama golpista. Há perguntas genéricas, como o reconhecimento à logo e ao slogan do Exército, e há questionamentos capazes de detectar o impacto causado pela politização das Forças Armadas e a avaliação da sociedade sobre a atuação do Exército.

arte militares

Em novembro de 2022, por exemplo, o índice entre aqueles que diziam confiar muito no Exército era de 32,5%, número que caiu para 26,6% em junho deste ano – já aqueles que dizem apenas confiar oscilaram de 39,6% para 38,2%.

Os dados são similares aos da pesquisa Quaest divulgada nesta semana, que indicou uma confiança de 70% da população sobre militares das Forças Armadas. Em novembro de 2022, o índice era de 79% – curiosamente, os eleitores do presidente Lula mantiveram o patamar quase inalterado, enquanto o tombo foi relatado por bolsonaristas, que registravam uma confiança de 91% nos fardados nos derradeiros dias do ex-capitão no governo, número que agora é de 72% entre esse eleitorado.

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Dano à imagem

Uma das perguntas recém-incorporadas trata sobre o que pode atrapalhar a imagem do Exército. Para a maior parcela dos entrevistados, que responderam de maneira espontânea e sem uma lista pré-determinada, o maior dano envolve a presença de militares no governo – movimento impulsionado durante o mandato de Jair Bolsonaro.

Na sequência, é citada a repulsa à corrupção e ao regime militar. Ações que envolvam autoritarismo e golpe de Estado também foram lembradas como algo negativo – o que demonstra que, apesar de aparecerem em menor proporção, respingaram na imagem da força.

Também houve o questionamento sobre qual a primeira coisa que vem à cabeça quando se fala em Exército. As principais finalidades, entre elas segurança, defesa e guerra, foram ressaltadas em maior quantidade. Mas novamente ficou demonstrada a contaminação: os entrevistados voltaram a citar autoritarismo e golpe, e incluíram até o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro como referência.

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Atratividade x privilégios

O Exército também constatou que, apesar de ter uma formação considerada de excelência por 74% dos entrevistados, a maioria da população (55,6%) diz não ser atraída pela carreira militar. Atualmente, um dos maiores desafios apontados pela força é evitar a evasão e a diminuição do ingresso de soldados, o que é justificado pela falta de investimento.

Além disso, 57% dos entrevistados consideram que os militares do Exército têm privilégios. Diante do resultado, a pesquisa questionou o conhecimento sobre a impossibilidade de sindicalização, a ausência de benefícios como hora extra e adicional noturno e o fim do direito à pensão para as filhas – o desconhecimento das regras ficou entre 67% e 79%.

Comparativo com outras instituições

A força também buscou um comparativo com as demais instituições. Em uma resposta estimulada, os bombeiros despontam com a maior confiança da sociedade, com a lembrança de 95,3% dos entrevistados. Na sequência estão a Força Aérea (77,9%), a Marinha (77,2%), a Polícia Federal (72,2%) e o Exército (71,9%) – à frente de órgãos como a Polícia Militar (57,5%), a Igreja Evangélica (57,3%) e o Supremo Tribunal Federal (44,6%).

O Exército também pôde constatar que 88% dos entrevistados sabem que a força ajuda durante a ocorrência de calamidades e uma média de 60% reconhecem o trabalho da instituição no apoio à população indígena, ao atendimento de refugiados da Venezuela e em operações em conjunto com outros países.

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