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Enquanto Bolsonaro parte para cima do STF, aliados resgatam ataques de Lula a Moro

Estratégia visa minimizar ineditismo da reação belicosa contra o Judiciário e relembrar críticas do petista ao juiz que o condenou

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 30 mar 2025, 19h29

Horas após virar réu por decisão unânime da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), na última quarta-feira, 26, o ex-presidente Jair Bolsonaro reuniu apoiadores, mobilizou a imprensa e deu duas entrevistas nas quais, em mais de uma hora, negou ter feito qualquer conspiração golpista após a eleição de 2022 e afirmou que há “algo pessoal” contra ele.

Diante das câmeras, Bolsonaro criticou o sigilo dos inquéritos, disse que há acusações infundadas na ação, afirmou que foi alvo de uma conspiração por parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante o último pleito, quando a Corte era presidida pelo ministro Alexandre de Moraes, e se disse alvo de perseguição ferrenha por parte do relator do processo. “Algo da forma tão incisiva como o ministro Alexandre de Moraes conduz (…), tem algo esquisito por aí”, disse.

Como mostra reportagem de VEJA desta edição, a abertura da ação penal no Supremo inaugurou uma nova fase do embate direto entre Bolsonaro e o ministro Alexandre de Moraes. A estratégia belicosa do ex-presidente contraria o esforço de parte de aliados dele que defendem que, neste momento, o ideal seria evitar tensionamentos com a Suprema Corte.

Apesar disso, pessoas próximas a Bolsonaro tentam minimizar o impacto das declarações resgatando falas e ataques do presidente Lula ao então juiz Sergio Moro, o titular da 13ª Vara Federal de Curitiba que o condenou por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá.

Cara a cara com Moro durante um dos depoimentos, por exemplo, Lula provocou o então juiz: “Eu posso olhar na cara dos meus filhos e dizer que eu vim a Curitiba prestar depoimento a um juiz imparcial?”, questionou.

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Lula, em diversas ocasiões, chamou o então juiz da Lava-Jato de “picareta”, “canalha” e “mentiroso”, afirmou que a força-tarefa da Lava-Jato era uma “quadrilha” que tinha como objetivo enriquecer, atacou os veículos da grande imprensa e afirmou que vivia em uma “guerra”.

Ao resgatarem falas como essas de Lula, aliados de Bolsonaro tentam mostrar que não há um ineditismo na reação contundente por parte do ex-presidente – e, quem sabe, embute até uma certa esperança de que o desfecho de Bolsonaro seja o mesmo que o de Lula, que conseguiu aprovar a suspeição de Sergio Moro, passou pouco menos de dois anos preso, recuperou seus direitos políticos e elegeu-se novamente presidente do país.

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