Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Eike Batista cita Lula, Cabral e Mantega em proposta de delação

Empresário dará detalhes do lobby feito pelo ex-presidente em favor das empresas do grupo X, mas irá ponderar que petista nunca pediu dinheiro para eleição

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 19h06 - Publicado em 14 jul 2017, 16h56

O empresário Eike Batista e seus advogados produziram ao menos oito anexos da proposta de delação premiada que será entregue ao Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro. Os principais nomes citados na colaboração de Eike são o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) e Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda no governo Dilma Rousseff (PT).

Eike deve detalhar o lobby que teria sido feito por Lula em favor das empresas do grupo X. O empresário, no entanto,vai ponderar que o petista nunca fez nenhum pedido formal para que contribuísse nas campanhas eleitorais. No caso de Mantega, ele pretende detalhar o pedido do então ministro para que fizesse um pagamento de 5 milhões de reais, no interesse do PT – o empresário já havia falado sobre isso em depoimento no ano passado à força-tarefa da Operação Lava Jato, em Curitiba.

Já Cabral teria cobrado propina de ao menos duas empresas de Eike: a petroleira OGX e a OSX, braço de construção naval do grupo. A defesa do fundador do grupo X está agora colhendo anexos de executivos e ex-executivos das empresas de Eike, que podem corroborar as suas declarações. Há cinco executivos colaborando, segundo fontes. O empresário recorreu a eles em busca de detalhes, porque ficava na holding do grupo, a EBX, e não se envolvia no dia a dia das companhias.

Procurado, o MPF informou que não se manifesta sobre tratativas de acordos de delação. O advogado de Eike, Fernando Martins, não quis comentar o caso.

Eike foi preso no início do ano pela Operação Eficiência, desdobramento da Calicute (operação que levou Cabral à prisão no ano passado). Atualmente, Eike cumpre prisão domiciliar na sua residência no Jardim Botânico, Zona Sul do Rio.

Continua após a publicidade

Nesse processo, o fundador do grupo X foi indiciado por corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Para ter benefícios em seus negócios, Eike teria pago 16,5 milhões de dólares em propina ao suposto esquema liderado por Cabral . Além disso, teria desembolsado 1 milhão de reais em propina ao ex-governador, por meio de contrato fraudulento com o escritório de advocacia de Adriana Ancelmo, mulher de Cabral.

As tratativas sobre o acordo com o MPF no Rio já estão em andamento há alguns meses, mas o processo ainda terá de passar pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Isso porque a delação de Eike envolve pessoas com foro privilegiado.

Eike iria prestar depoimento nesta sexta-feira, mas teve o interrogatório adiado na 7ª Vara Federal Criminal do Rio, que cuida dos desdobramentos da Lava Jato no Rio. A audiência foi remarcada para o dia 31, quando também serão ouvidos o seu ex-braço-direito Flávio Godinho, Cabral e Adriana Ancelmo. Como revelou a coluna Radar On-Line nesta quinta-feira, Eike e Godinho podem fazer uma delação conjunta.

Continua após a publicidade

O empresário estava disposto a falar, mas não poderia entrar em detalhes sobre a sua relação com o ex-governador porque o conteúdo estará na sua delação premiada. A mudança da data, ao final, foi conveniente para o empresário, que pode fechar o acordo antes de detalhar o que sabe ao juiz Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara.

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.