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Eduardo Bolsonaro ataca STF e mira 2026 em meio a nova crise institucional

Deputado Eduardo Bolsonaro ataca STF, defende sanções a Moraes e sinaliza possível candidatura em 2026.

Por ricardo.junior 26 jun 2025, 10h23

Em meio a mais uma crise institucional que opõe o Supremo Tribunal Federal (STF) à base de apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro — réu principal no julgamento por tentativa de golpe —, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) partiu para o ataque. Investigado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por suposta articulação de sanções internacionais contra o ministro Alexandre de Moraes, o parlamentar falou com exclusividade à VEJA, em Dallas, nos Estados Unidos, onde vive há meses e onde mantém articulações políticas que preocupam Brasília.

A entrevista ocorreu em um escritório de advocacia de um amigo, num momento em que as tensões entre bolsonaristas e o STF ganharam novo fôlego. Nos bastidores, Eduardo tem trabalhado para que o governo Donald Trump adote sanções contra Moraes — entre elas, restrições de entrada nos EUA e bloqueio de movimentações financeiras do escritório de sua mulher, Viviane. Na última quarta-feira, 28, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, anunciou nova política de visto que mira estrangeiros que censuram americanos, sem citar Moraes diretamente. Dias antes, Rubio havia sugerido que o ministro poderia ser alvo de sanções.

A ofensiva reacendeu o debate sobre os limites da imunidade parlamentar e a radicalização da direita no Brasil. A representação do deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) levou a PGR a solicitar ao STF um inquérito contra Eduardo. O relator é o próprio Moraes, que já autorizou o início das investigações e o depoimento de Jair Bolsonaro, sob o argumento de que ele financia o filho nos EUA e se beneficia de suas articulações.

Ataques e ambições

Na conversa com VEJA, Eduardo defendeu suas ações como legítimas e elevou o tom: classificou Moraes como “tirano”, falou em perseguição política e pediu uma “descontaminação” das instituições. Apontou a saída do Brasil como necessidade por segurança pessoal e liberdade política, e deixou aberta a possibilidade de disputar a Presidência em 2026: “Obviamente, se for uma missão dada pelo meu pai, vou cumprir.”

Eduardo também criticou o governo Lula — que, segundo ele, promove a “reconstrução da velha política” — e reconheceu falhas no governo do pai, sobretudo na articulação política e comunicação. Ainda assim, considerou a gestão de Jair Bolsonaro como “os mais transparentes e patrióticos da história recente”.

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“O Brasil deveria ter tido a decência de parar Alexandre de Moraes. Não aconteceu. Por isso, tivemos que recorrer às autoridades americanas”, afirmou.

Articulações externas

O deputado relatou reuniões periódicas na Casa Branca e no Congresso dos EUA, além de contatos com Viktor Orbán e Javier Milei. Segundo ele, há 99% de chance de Trump adotar medidas contra Moraes. Criticou o STF por “derrubar o que o Congresso aprova” e disse que a Corte atua na base da “extorsão” sobre os outros poderes.

2026 no horizonte

Eduardo indicou que pretende ser protagonista de um novo ciclo político. Disse buscar “resgatar o espírito de 2018, sem cometer os erros de 2022” e defendeu um rumo liberal-conservador para o país. Elogiou o modelo econômico de Paulo Guedes e o estilo de encarceramento em massa de Nayib Bukele, presidente de El Salvador. Também reafirmou apoio ao pai como líder inconteste da direita.

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“Não há direita no Brasil sem Jair Bolsonaro. Ele continua sendo o grande player não só da direita, mas das próximas eleições.”

As acusações e o futuro

Sobre o julgamento do pai, ironizou a acusação de golpe: “Golpe da Disneylândia”. Afirmou confiar na reversão da condenação e reforçou o plano de seguir acionando autoridades americanas caso haja prisão.

Por fim, ao falar sobre o episódio do “cabo e soldado” para fechar o STF, disse tratar-se de frase tirada de contexto, e se disse vítima de rotulagem como antidemocrático.

 

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