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Deputado do PSB recuou sobre anistia, mas defende dosimetria: ‘Manda limpar escola’

Paulo Folletto afirma que punições à “massa de manobra” no 8 de janeiro estão pesadas e devem ser tratadas com penas alternativas

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 20 abr 2025, 18h18

O deputado federal Paulo Folletto (PSB-ES) foi o único representante da esquerda que assinou o requerimento de urgência ao projeto que propõe uma anistia aos participantes dos ataques na Praça dos Três Poderes no dia 8 de janeiro de 2023. Em meio à repercussão, o capixaba recuou e disse que deu aval à matéria por engano, retirando seu nome da lista dos favoráveis a que o tema ganhe uma tramitação célere na Câmara.

Segundo Folletto, não houve pressão do governo. A mudança, garante, deve-se ao fato de que ele pensava se tratar de um texto que modularia as penas, como o deputado do PSOL Chico Alencar havia defendido dias antes, e não uma anistia total aos manifestantes que invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF).

O deputado, porém, diz considerar que as punições para as pessoas que foram “massa de manobra estão muito pesadas” e que “botar aquele povo todo na cadeia não resolve nada”.

“Teve gente que até falou assim: ‘Ô, que vontade de assinar também’. Eu mesmo tenho eleitores que não entendem a profundidade da coisa e pedem para assinar. Se for pela turma da massa de manobra, eu assinaria, porque eu acho que acabaram se envolvendo, se apaixonando e sendo levados”, diz Folletto a VEJA.

Ele pondera que também há investigações sobre um plano de tomada de poder e até de assassinato – essas sim que merecem punição mais dura – e que cada caso deve ser diferenciado.

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Por isso, Folletto se diz favorável a uma dosimetria. “Dá uma pena alternativa, manda limpar escola. Quem tiver dinheiro para pagar cesta básica, que pague. Faz aí um inventário econômico de cada um. Tem gente que tem muito dinheiro nesse pacote e que poderia ter uma alternativa até saudável. Mas eu acho que são situações completamente diferentes que precisam ser avaliadas”, afirma.

Ele ainda afirma que a esquerda nunca “tentou tomar o poder”, mas já promoveu diversos “quebra-quebras”.

“Eu me lembro de uma situação que o pessoal do MST invadiu a Embrapa, quebrou todinho o laboratório de pesquisa, um negócio absurdo. Acho que as coisas são diferentes, têm que ser tratadas de forma diferente e uma saída tem que ser achada. O bom senso precisa começar a nascer, essa briga extremista não está trazendo lucro nenhum”, diz.

Hoje, a orientação do PSB é para que não se vote favorável à anistia. O projeto que a oposição conseguiu coletar o número mínimo de assinaturas prevê um perdão irrestrito para todos aqueles que participaram de manifestações depois das eleições de 2022 – inclusive os que financiaram ou que apoiaram os atos. Já há, porém, articulações para que se vote um texto alternativo, a fim de se angariar um apoio maior no Congresso.

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