Depois de luz e gás, Lula prepara nova gratuidade para impulsionar a reeleição
Presidente pediu à equipe econômica que encontre espaço no Orçamento para anunciar duas novas medidas de impacto popular
Com a experiência de quem disputou seis das nove eleições presidenciais diretas após a redemocratização, Lula está fazendo uma das coisas em que se especializou para fortalecer sua candidatura à reeleição: o uso da máquina pública e o anúncio de medidas populares — ou populistas, a depender do gosto do freguês.
No fim do ano passado, o presidente anunciou a isenção de imposto de renda para quem ganha até 5000 reais mensais, que ainda depende de aprovação do Congresso para valer a partir do próximo ano. Ele também ampliou a distribuição de gás de cozinha — que beneficiará 15,5 milhões de famílias carentes, a um custo de 5 bilhões de reais em 2026 — e garantiu a isenção ou a diminuição da conta de luz para até 60 milhões de pessoas.
Outras medidas estão no forno. Lula já falou, por exemplo, que será lançado um programa para permitir a reforma de imóveis — a construção de um puxadinho, como disse. Nada se compara, no entanto, a duas iniciativas que estão sendo gestadas no Palácio do Planalto.
Gastos eleitorais
Secretária-executiva da Casa Civil e ministra do Planejamento no governo Dilma Rousseff, a petista Miriam Belchior recebeu do presidente a missão de encontrar com a equipe econômica um espaço no Orçamento que permita ao governo aumentar o valor do benefício do Bolsa Família e implantar um programa de passe livre no transporte urbano. Essas ações são consideradas trunfos para acelerar o processo de recuperação de popularidade do presidente.
Pesquisa Genial/Quaest divulgada na quarta-feira, 17, mostrou que a aprovação ao trabalho de Lula se manteve estável entre agosto e setembro, em 46%, cinco pontos a mais do que o registrado em março, quando ele ainda lidava com os danos provocados pela campanha da oposição segundo a qual o governo taxaria o PIX. o que não era verdade. A reprovação está em 51%.
O Datafolha revelou quadro parecido em levantamento divulgado no último dia 11. Nele, a avaliação positiva do governo atingiu sua melhor marca este ano, 33%. Apesar disso, a avaliação negativa continua maior, em 38%. Para virar esse jogo, Lula dispensa qualquer controle de gastos.
Eleição presidencial: nova pesquisa mostra que Lula parou de subir
O que o encontro de Moraes com comandante do Exército sinaliza sobre futuro de Bolsonaro
Tornozeleira, embaixada, vigília: os fatores que pesaram para a prisão de Bolsonaro
WhatsApp libera função para adicionar descrição aos grupos
Gilmar parabeniza Gonet por recondução ao cargo: ‘Defesa da democracia’







