Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Deltan diz que sofreu ‘ataque gravíssimo’ e vê provas robustas contra Lula

Em sua primeira manifestação após divulgação de conversas entre ele e o então juiz Sergio Moro, promotor defende a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba

Por Da Redação
Atualizado em 11 jun 2019, 08h25 - Publicado em 10 jun 2019, 19h52

O procurador federal Deltan Dallagnol divulgou um vídeo nesta segunda-feira, 10, em que defendeu o trabalho da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, da qual é o coordenador, afirmando que a operação sofreu “um ataque gravíssimo” com a invasão de celulares de agentes envolvidos na investigação. Ele disse ainda que não reconhece os diálogos divulgados e defendeu que as provas contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) são “robustas”.

“Nosso receio é que a atividade criminosa avance agora para falsear e deturpar fatos nesse imenso ataque contra a Operação Lava Jato”, declarou. Foi a sua primeira manifestação após a divulgação de reportagens do site The Intercept Brasil que mostram trocas de mensagens entre integrantes da força-tarefa, entre eles Dallagnol, e o ex-juiz Sergio Moro.

“Essas acusações feitas não procedem, e a origem delas está ligada ao ataque criminoso realizado. Mesmo não reconhecendo a fidedignidade das mensagens que foram espalhadas, nós reconhecemos que elas podem gerar um desconforto em alguém, a gente lamenta profundamente por isso”, disse.

Sobre a consistência da denúncia contra Lula no episódio do tríplex do Guarujá, que levou o ex-presidente à prisão em Curitiba – onde está há pouco mais de um ano -, Dallagnol afirmou que a revisão, crítica e análise de detalhes da peça ocorreram justamente para que o Ministério Público Federal pudesse oferecer uma acusação robusta.

Em uma das mensagens trocadas, cujo conteúdo foi vazado, Dallagnol, por meio do aplicativo Telegram, escreve a um grupo de procuradores. “Falarão que estamos acusando com base em notícia de jornal e indícios frágeis? Então é um item que é bom que esteja bem amarrado. Fora esse item, até agora tenho receio da ligação entre Petrobras e o enriquecimento, e depois que me falaram tô com receio da história do apto? São pontos em que temos que ter as respostas ajustadas e na ponta da língua”.

No vídeo divulgado hoje, ele defende a acusação. “As provas do caso tríplex embasaram a acusação porque eram robustas, e tanto eram robustas que nove julgadores de três instâncias diferentes concordaram com a robustez das provas e condenaram o ex-presidente Lula”, disse se referindo aos magistrados do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que já avaliaram o caso.

Continua após a publicidade

Citando várias legendas além do PT que tiveram políticos alvos da operação, Dallagnol afirmou que a força-tarefa é contra a corrupção, independentemente de partido. “Vamos continuar dispostos e disponíveis para prestar esclarecimentos sobre fatos e sobre procedimentos da nossa responsabilidade a fim de manter a confiança da sociedade plena na nossa legitimidade de atuação e na legalidade e licitude da nossa atuação”, disse.

Continua após a publicidade

Dallagnol afirmou também que “é natural” que procuradores e juízes conversem, mesmo sem a presença da defesa, mas que isso não quebrou a imparcialidade da Lava Jato. “Some-se a tudo isso que todos os atos e decisões da Lava Jato são revisados por três instâncias independentes do Poder Judiciário, por vários julgadores”, apontou sobre a possível influência do atual ministro da Justiça, então juiz Sergio Moro, na condução da investigação.

Moro teria sugerido a inversão de ordens de fases da Lava Jato e até indicado testemunhas a Dallagnol, segundo as mensagens divulgadas.

O procurador ainda defendeu as críticas feitas por integrantes da força-tarefa à autorização do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, para que Lula fosse entrevistado pelos jornais Folha de S. Paulo e El País antes da eleição presidencial de outubro – uma procuradora chega a dizer que uma “coletiva antes do segundo turno pode eleger o Haddad”.

Continua após a publicidade

Dallagnol disse que manteria a postura em qualquer caso, independentemente de o preso ser ou não um político ou de a qual partido fosse filiado. “A força-tarefa entende que a prisão de uma pessoa em regime fechado restringe o direito dela de se comunicar com a imprensa. Isso não é uma questão de liberdade de imprensa, é uma questão e liberdade do preso”, disse.


CONHEÇA OS PODCASTS DE VEJA

Já ouviu o podcast “Funcionário da Semana”, que conta a trajetória de autoridades brasileiras? Dê “play” abaixo para ouvir a história de Sergio Moro, ministro da Justiça. Confira também os outros episódios aqui.

Continua após a publicidade

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.