CPMI: Vem Augusto Heleno, sai Braga Netto
Depoimento do ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) nesta terça deve cancelar a ida do ex-ministro da Casa Civil, previsto para o dia 5

O depoimento do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno à CPMI do 8 de janeiro nesta terça-feira, 26, pode mudar a programação nesta reta final da comissão.
O principal beneficiado deve ser o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil durante o governo de Jair Bolsonaro, e também candidato a vice na chapa à reeleição.
O depoimento de Braga Netto estava inicialmente previsto para o dia 19 de setembro. No entanto, três dias antes, a comissão decidiu substituir a oitiva do general pela do tenente Osmar Crivelatti, que atuou como subordinado de Mauro Cid na ajudância de ordens.
A ideia, então, seria ouvir o general no dia 5 de outubro. Mas, segundo o presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União-BA), a ida de Heleno nesta terça esvaziou a oitiva de Braga Netto. Para ele, que é responsável por marcar as audiências, o militar certamente não acrescentaria muita coisa em relação ao que foi dito por Heleno.
Aos parlamentares, o ex-chefe do GSI negou qualquer movimento golpista por parte de Bolsonaro, minimizou a atuação de Cid dentro do governo e disse não ter nenhuma influência nos atos do 8 de janeiro.
A intenção de Maia, agora, é dedicar os últimos dias da comissão para ouvir pessoas apontadas como financiadoras dos ataques às sedes dos três poderes. O relatório final da CPMI deve ser entregue pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA) no próximo dia 17.