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CPI da Pandemia: Omar pede retenção do passaporte de Carlos Wizard

Presidente da comissão se irritou com o não comparecimento do empresário; sessão desta quinta foi suspensa por causa da votação da MP da Eletrobras

Por Redação
Atualizado em 17 jun 2021, 12h31 - Publicado em 17 jun 2021, 10h37

O presidente da CPI da Pandemia, Omar Aziz (PSD-AM), pediu a retenção do passaporte de Carlos Wizard diante do não comparecimento do empresário à sessão desta quinta-feira, 17, da comissão. “Diante da ausência do depoente, determino que seja oficiado à Justiça Federal para que o passaporte do senhor Carlos Wizard seja imediatamente retido pela Polícia Federal tão logo ele ingresse em território nacional e somente seja devolvido após a prestação de seu depoimento perante essa comissão”, afirmou o senador.

Omar se irritou com o pedido dos advogados de Wizard, feito segundo ele às 7h desta quinta, para remarcar a data do depoimento do empresário, suspeito de integrar o “gabinete paralelo” que recomendava ao presidente Jair Bolsonaro o uso de cloroquina e outros remédios sem eficácia comprovada contra a Covid-19. A defesa já havia informado que o empresário está nos Estados Unidos.

“É uma brincadeira dele, né? Uma data combinada para ele vir. É uma autoridade!”, ironizou o presidente da comissão, que acrescentou que Wizard foi intimado a comparecer “por diversos meios” e já teve o pedido de depoimento remoto negado pela CPI.

O senador afirmou também que pedirá a “condução” do depoente. “Oficiaremos a um juiz criminal para que requisite à autoridade policial a apresentação da testemunha faltosa ou determine que seja conduzido por oficial de justiça, o qual poderá solicitar o auxílio da força pública.”

Omar lembrou ainda que o empresário estava protegido por um habeas corpus concedido na noite de quarta pelo ministro do STF Luís Roberto Barroso. “O que me espanta é um cidadão procurar o STF para conseguir um habeas corpus para vir a esta CPI para ficar em silêncio e ele não aparecer. Então para que foi ao STF se não vinha?”, questionou. O senador classificou a atitude como uma “falta de respeito”: “Não com a CPI, mas com o Supremo”.

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Sessão suspensa

Apesar de o outro depoente desta quinta, o servidor do TCU Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques, responsável pelo relatório forjado sobre uma suposta “supernotificação” de mortes na pandemia, estar presente, Omar decidiu suspender a sessão diante da votação da MP da privatização da Eletrobras nesta quinta. “Remarcaremos (a data) e pedimos desculpa ao senhor Alexandre pela vinda dele aqui.” O senador frisou que os debates sobre a medida provisória são “de interesse da população brasileira” e foram agendados somente na véspera. “Nós não teríamos como (prever o adiamento), essa decisão foi tomada ontem à noite.”

+ MP da Eletrobras virou um Frankenstein. A aposta é volta do texto original

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