Com restrições, médicos liberam visitas a Jair Bolsonaro
Presidente da República deve voltar ao cargo nesta quarta-feira e vai trabalhar direto do hospital
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) tem recuperação “bastante razoável” e está liberado pelos médicos para receber visitas restritas após a operação de retirada da bolsa de colostomia, realizada na segunda-feira 28. A informação foi confirmada em novo boletim médico divulgado no fim da tarde desta terça-feira, 29, pelo Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
De acordo com a assessoria de Bolsonaro, além de familiares, podem visitá-lo pessoas autorizadas em conjunto pela família e pela Presidência da República.
O porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros, disse que Bolsonaro deve voltar aos trabalhos nesta quarta-feira, 30, entre as 9 e 10 horas. Ele terá um gabinete montado no próprio hospital. O porta-voz explicou que, ao lado do quarto onde o presidente estará em recuperação, o Gabinete de Segurança Institucional organizou um espaço, com equipamentos e estrutura técnica, que permitirá a Bolsonaro orientar seus ministros e conceder audiências.
Até amanhã, o presidente permanece em descanso total, e o vice-presidente Hamilton Mourão exerce interinamente a Presidência. A previsão é que Bolsonaro tenha alta em dez dias a partir da cirurgia, realizada ontem (28)
Pelo boletim, Bolsonaro manteve-se estável durante o dia, sem sangramentos ou quaisquer outros tipos de complicação. Ele permanece em jejum oral, recebendo analgésicos e hidratação endovenosa.
Na parte da tarde, o presidente sentou-se na poltrona e realizou fisioterapia respiratória e motora com bom desempenho.
Leia a íntegra do boletim médico:
“O excelentíssimo Presidente da República, Jair Bolsonaro, manteve-se estável durante o dia, sem sangramentos ou qualquer outra complicação. Permanece em jejum oral, recebendo analgésicos e hidratação endovenosa. À tarde sentou em poltrona e realizou fisioterapia respiratória e motora com bom desempenho. Por ordem médica, as visitas são restritas”. O documento é assinado pelo cirurgião Doutor Antônio Luiz Macedo, o clínico e cardiologista Doutor Leandro Echenique, e o diretor superintendente do hospital, Doutor Miguel Cendoroglo.
O procedimento, que reconstruiu o trânsito intestinal, durou sete horas, não teve intercorrências nem necessidade de transfusão de sangue. O presidente segue na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Apesar da demora de sete horas no procedimento, o dobro do previsto inicialmente, Rêgo Barros afirmou que a cirurgia foi exitosa. “O presidente possuía, em razão das duas outras cirurgias, uma grande quantidade de aderências. Essas aderências exigiram do corpo médico uma verdadeira obra de arte”, disse na ocasião. Segundo Rêgo Barros, foi retirado um pedaço do intestino grosso.
(Com Agência Brasil)