Segurança pública é a área do governo Bolsonaro com maior aprovação
Setor tem respaldo de 57%. Decreto de posse de armas e pacote anticrime de Moro estão entre as notícias sobre o Executivo lembradas pelos entrevistados
Pesquisa do instituto Ibope. divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quarta-feira, 24, identificou a área da segurança pública como aquela em que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) encontra maior respaldo popular, com 57% dos entrevistados manifestando aprovação à condução do governo, contra 40% que desaprovam e 3% que não souberam ou não responderam.
No geral, a administração de Bolsonaro é considera como “ótima” ou “boa” por 35% dos brasileiros – 31% consideram regular, 27% avaliam como “ruim” ou “péssimo” e 7% não sabem ou não responderam.
Entre as áreas específicas do governo, educação aparece em segundo lugar, com 51%. Todos os demais quesitos verificados tiveram resultados abaixo de 50%.
O pior índice do governo Bolsonaro aparece na impopular área de taxa de juros, com aceitação de apenas 33% (57% desaprovam e 11% não sabem), pouco abaixo dos 35% que aprovam a política de impostos da administração federal.
Justiça e Segurança Pública
Em janeiro, ao tomar posse, o presidente publicou uma medida provisória em que reestruturou o governo federal e unificou as pastas da Justiça e da Segurança Pública, que foram separadas durante o último governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), em um único ministério, sob a gestão de Sergio Moro, ex-juiz federal responsável pela Operação Lava Jato no Paraná.
Nos primeiros quatro meses do governo, se destacam como principais medidas na área a flexibilização da posse de armas e a apresentação, ao Congresso, do chamado “pacote anticrime”, conjunto de medidas contra a corrupção, os crimes violentos e as facções criminosas, atualmente em tramitação no Legislativo. Os dois fatos estão na lista de notícias sobre o governo lembradas pelos entrevistados.
O levantamento CNI/Ibope ouviu 2.000 pessoas em 126 municípios entre os dias 12 e 15 de abril. Os resultados apresentam margem de erro de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos, e índice de confiança de 95%.