Presidente do TSE diz que ações da PRF não impediram eleitores de votar
Pela manhã, houve denúncias de que ações da polícia rodoviária federal estariam prejudicando o fluxo de eleitores na região Nordeste
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, disse neste domingo, 30, que todos os eleitores eventualmente afetados pelas operações da Polícia Rodoviária Federal no Nordeste conseguiram votar. “Em momento nenhum os ônibus retornaram às origens. Eleitores que estavam sendo transportados votaram”, disse Moraes em coletiva de imprensa no TSE.
Confira a apuração do resultado do segundo turno das eleições 2022.
Questionado se a Justiça Eleitoral vai prorrogar o horário da votação, Moraes negou enfaticamente. Ele afirmou que o único prejuízo a esses eleitores foi o atraso. “Prejuízo eventualmente foi o atraso. Mas nenhum ônibus voltou a sua origem. Não houve prejuízo aos eleitores no tocante a poderem exercer seu direito de voto. E não haverá nenhum adiamento do término da votação. Não há necessidade de superlativizar essa questão”, afirmou Moraes, que também prometeu que os casos serão investigados.
Dezenas de denúncias surgiram nas redes sociais neste domingo indicando suspeitas de que operações da PRF no Nordeste estariam prejudicando o fluxo de eleitores justamente no dia da votação. Moraes já tinha determinado à polícia que era proibida qualquer ação que influenciasse na votação.
O diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, chegou a ser intimado pelo presidente do TSE a prestar esclarecimentos e obrigado a suspender as operações. Vasques também se reuniu com Moraes no TSE na tarde deste domingo, pouco antes da entrevista do presidente da Corte.
Segundo Moraes, Vasques disse que as operações tinham como objetivo vistoriar veículos que não estivessem em conformidade ao Código de Trânsito e não previa influenciar no fluxo de eleitores.