Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Centrão discute reforma que não reeleja Bolsonaro, diz Paulinho da Força

Para o deputado federal, caso economia com mudanças na Previdência seja de R$ 800 bilhões, presidente terá muito dinheiro para gastar e será favorecido

Por Redação
Atualizado em 1 Maio 2019, 17h00 - Publicado em 1 Maio 2019, 16h03

Líder da Força Sindical e deputado federal, Paulinho da Força (SD-SP) afirmou nesta quarta-feira, 1º, que os partidos que se reúnem no chamado “Centrão” discutem o apoio a uma reforma da Previdência que não “garanta” a reeleição do presidente Jair Bolsonaro em 2022.

A lógica de Paulinho é a de que a proposta do governo deve ser desidratada, isto é, gastos sejam mantidos e não retirados, para que a economia seja menor e o presidente não tenha tanto dinheiro excedente para investir. Assim, a disputa eleitoral não seria desequilibrada a favor de Bolsonaro. O texto da equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, previa inicialmente uma economia 1,1 trilhão de reais em dez anos. Jair Bolsonaro já declarou que o valor mínimo deve ser de 800 bilhões de reais.

“Oitocentos bilhões garantem, de cara, e reeleição dele. Se dermos 800 [bilhões de reais] como disse ele, significa que nos últimos três anos dele [Bolsonaro, na Presidência], há 240 bilhões ao ano para gastar. Eu acho que temos de ter [economia] em torno de 500 bilhões. Seiscentos bilhões seria o limite para essa reforma”, defendeu o deputado, durante evento das centrais sindicais para o Dia do Trabalho, em São Paulo.

Segundo Paulinho da Força, uma reforma desidratada garante a chance de outros partidos disputarem o Palácio do Planalto em 2022. “Com esse discurso, tenho certeza que a gente traz todo mundo do Centrão, porque ninguém quer a reeleição de Bolsonaro”, afirmou o deputado.

Depois, Paulinho contemporizou o tom de sua fala e declarou que os opositores da reforma, entre os quais ele está incluído, não têm força para barrar a proposta, mas que o texto aprovado será mais “justo” que o do governo e “o trabalhador sairá ganhando”. “Se não temos força para parar a reforma, eu acho que as ruas nos darão força de negociação para fazer uma reforma justa, na qual o trabalhador sairá ganhando. É possível passar uma reforma da Previdência, mas que mantenha os direitos e combata os privilégios”, emendou.

As declarações de Paulinho da Força sobre a economia da reforma da Previdência e as eleições de 2022 foram criticadas pelo secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho. “Esse é o momento de todos pensarem no Brasil e nas próximas gerações e menos nas próximas eleições”, escreveu Marinho em sua conta no Twitter.

(com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.