Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Candidatos defendem lei de abuso aprovada na Câmara

Postulantes à Presidência da Câmara defendem alteração que incluiu punição de juízes, procuradores e promotores por abuso de autoridade

Por Da redação
17 jan 2017, 09h33

Os dois principais candidatos à presidência da Câmara defenderam o projeto de lei de abuso de autoridade que tramita no Congresso e as alterações feitas pelos deputados no pacote anticorrupção apresentado pelo Ministério Público Federal. Os projetos motivaram embates do Parlamento com o Judiciário e o Ministério Público no fim do ano passado, em meio ao avanço da Operação Lava Jato e diante da expectativa em torno da homologação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) da delação de 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht.

O atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que o plenário é soberano em suas decisões e deu apoio ao texto do projeto sobre as medidas contra a corrupção aprovado pela Casa em novembro do ano passado.

Líder do PTB na Câmara e postulante ao cargo, o deputado Jovair Arantes (GO) também defendeu as mudanças realizadas pelos deputados. “A vontade da maioria da Casa que representa a sociedade brasileira tem de ser respeitada”, disse.

Na votação, na madrugada do dia 30 de novembro, os deputados incluíram medidas polêmicas e retiraram do texto propostas consideradas por procuradores como essenciais no combate à corrupção. A principal alteração foi a inclusão da previsão de punir por crime de abuso de autoridade magistrados, procuradores e promotores.

Os deputados, porém, retiraram do pacote a tipificação do crime de enriquecimento ilícito, das regras que facilitavam o confisco de bens provenientes de corrupção e a responsabilização de partidos e dirigentes partidários por atos cometidos por políticos filiados às siglas.

Continua após a publicidade

Aprovada, a proposta foi ao Senado e estava pronta para ser votada quando o ministro do STF Luiz Fux determinou que o texto voltasse a ser discutido pelos deputados, com a tramitação retornando à estaca zero. O plenário da Corte ainda decidirá se mantém ou não a decisão do ministro.

Os candidatos também não descartaram a possibilidade de outros temas polêmicos voltarem à pauta, como a anistia à prática de caixa 2 em campanhas eleitorais. Jovair, por exemplo, afirmou que, se uma proposta dessa natureza vier a ser apresentada, ela deverá analisada pela Casa.

Ao ser questionado sobre o tema, Maia, que trabalhou nos bastidores para que a anistia fosse viabilizada junto com o pacote anticorrupção, disse que sempre defendeu o texto do Ministério Público sobre tipificação do crime de caixa 2.

Continua após a publicidade

Senado

Ambos também afirmaram não ver problema em discutir e colocar em votação projeto de lei para punir abuso de autoridade que tramita no Senado e é visto pelo Ministério Público como uma reação às investigações da Lava Jato. “É importante o debate de forma clara e transparente. Com o debate feito, podemos votar o texto”, disse Maia. Para Jovair, o texto precisará ser “lapidado”.

O projeto apresentado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), define os crimes de abuso de autoridade cometidos por agente público, incluindo servidores públicos, membros do Ministério Público e dos Poderes Judiciário e Legislativo de todas as esferas da administração pública.

No caso de reincidência, a condenação poderá ser a perda do cargo, mandato ou função pública, independentemente da pena aplicada.

Continua após a publicidade

Voz dissonante entre os candidatos, o deputado Rogério Rosso (PSD-DF) é o único postulante ao cargo a se posicionar contra a maioria das mudanças realizada durante a votação do pacote contra corrupção no ano passado. Ele rechaçou a possibilidade de colocar em votação uma anistia ao caixa 2.

Rosso também disse ter “muitas dúvidas” sobre o projeto que trata sobre abuso de autoridade e afirmou que, se eleito, vai criar uma comissão especial para debater o assunto.

Procurado nesta segunda-feira, o nome do PDT na disputa, André Figueiredo (CE), não havia respondido até a conclusão desta edição.

Continua após a publicidade

Reformas

Os dois principais nomes na disputa – Maia e Jovair – também convergem na defesa que fazem da aprovação da reforma da Previdência e das mudanças na legislação trabalhista. Rosso, por sua vez, tem dito que, do jeito que está, a reforma da Previdência não será aprovada pelo plenário.

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.