Candidatos a vice defendem acolhimento aos venezuelanos
Mourão diz que Brasil não pode dar as costas a quem foge de 'ideologia cega', e Rabello propõe Secretaria Nacional de Imigração
Candidatos à vice-Presidência da República expuseram um raro consenso há pouco ao concordar com o acolhimento aos venezuelanos durante debate promovido por VEJA e Facebook, em São Paulo. O general Hamilton Mourão, parceiro de Jair Bolsonaro na chapa PSL-PRTB, defendeu a acolhida aos que “fogem do totalitarismo e da opressão, frutos de uma ideologia cega”.
“Não podemos dar as costas aos que sofrem com a fome e a falta de medicamentos”, afirmou Mourão.
O general da reserva, entretanto, advertiu a quem quer que vença a eleição de outubro sobre o fato de que a vizinhança do Brasil tem problemas que podem replicar no território nacional. Conforme relatou, antes de ingressar na reserva, alertou seus superiores para a possibilidade de que a próxima missão de paz do Brasil seja na Venezuela.
A pergunta sobre como os candidatos lidariam com a imigração venezuelana ao Brasil foi feita pelo leitor e lida por Edgar Maciel, editor da TVeja. A pergunta foi direcionada a Mourão, com réplica de Paulo Rabello (PSC), companheiro de chapa de Alvaro Dias (Podemos).
Ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Rabello mencionou ter viajado diretamente para Pacaraima (RR), na fronteira com a Venezuela, para avaliar o fluxo de imigrantes. Ele disse que, se Alvaro Dias for eleito, será criada uma Secretaria Nacional de Imigração.