Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Campanha de Lula quer usar derrocada do ‘power point’ como arma eleitoral

Absolvição no quadrilhão do PT e decisão do juiz que fala em tentativa de "criminalizar a política" serão explorados pelo PT na corrida presidencial

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 28 mar 2022, 17h23 - Publicado em 6 mar 2022, 10h30

Depois de ter conseguido suspender, na quarta-feira 2, o último dos mais de 20 processos criminais a que respondeu ao longo da Lava-Jato, o ex-presidente Lula pretende usar uma acusação específica de que foi alvo como munição política na campanha para o Palácio do Planalto. Lula não escolheu o caso do tríplex no Guarujá, ação penal que o deixou por 580 dias na cadeia, nem as suspeitas de que recebeu um sítio em Atibaia como propina de empreiteiras, embora ambos tenham sido anulados por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), que concluiu que o então juiz Sergio Moro não agiu com imparcialidade ao julgá-lo no petrolão. Para o petista, o mais simbólico deles – e o que tem potencial de ser mais facilmente compreendido pelo eleitorado – é a absolvição no chamado “quadrilhão do PT”.

O entendimento de petistas é que, como o caso foi arquivado pela 12ª Vara Federal de Brasília por falta de provas, e não por questões técnicas como a suspeição do então juiz Moro, seria mais fácil incutir no imaginário do eleitor que o ex-presidente foi perseguido por um movimento que supostamente não o admitiria na política. Pela tese exposta no caso do quadrilhão, Lula seria o mentor e coordenador de um esquema criminoso montado por petistas para desviarem dinheiro público. Pelo papel de centralidade na acusação, este caso é considerado por correligionários do ex-presidente como o verdadeiro “power point” da Lava-Jato.

Na investigação, o então chefe da força-tarefa de Curitiba Deltan Dallagnol foi alvo de críticas por apresentar, em uma denúncia contra Lula, um organograma feito em power point em que setas com expressões como “maior beneficiado”, “enriquecimento ilícito” e “perpetuação criminosa no poder” eram direcionadas para o nome do petista.

O despacho do juiz Marcos Vinícius Reis Bastos, que arquivou o caso do quadrilhão, também deve ser amplamente explorado por políticos do PT porque o magistrado afirma que, além de não haver provas de que Lula e outras autoridades, como a ex-presidente Dilma Rousseff e os ex-ministros Antonio Palocci e Guido Mantega, praticaram crime, a denúncia teria tentado “criminalizar a atividade política”. “A denúncia apresentada, em verdade, traduz tentativa de criminalizar a atividade política. Adota determinada suposição – a da instalação de ‘organização criminosa’ que perdurou até o final do mandato da ex-presidente Dilma Vana Rousseff – apresentando-a como sendo a ‘verdade dos fatos’, sequer se dando ao trabalho de apontar os elementos essenciais à caracterização do crime de organização criminosa”, disse o juiz quando arquivou o caso.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.