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Cabral vai ter home theater na cadeia onde permanecerá preso

Equipamentos foram doados pela Igreja Batista do Méier e pela Comunidade Cristã do Novo Dia, segundo a Secretaria de Administração Penitenciária

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 20h34 - Publicado em 31 out 2017, 15h47

O ex-governador do Rio  Sérgio Cabral (PMDB), preso na Operação Lava Jato, poderá assistir a filmes em um aparelho de home theater instalado na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, Zona Nnorte do Rio, onde está.

Cabral só conseguirá curtir essa benesse graças ao ministro  do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, que suspendeu nesta terça-feira 31 a transferência do ex-governador para um presídio de Mato Grosso do Sul.

Segundo nota divulgada pela SAP, o equipamento foi doado pela Igreja Batista do Méier e pela Comunidade Cristã do Novo Dia. O home theater será instalado em uma sala que ganhará ares de cinema, pois contará com uma TV grande, um DVD e filmes à disposição dos presos de nível superior que estão no presídio.

“A instalação de videotecas nas unidades prisionais estão dentro das previsões da Lei de Execuções Penais que cita a ressocialização dos internos”, diz o texto, enviado junto ao termo de doação assinado pelos líderes da igreja: o pastor Carlos Alberto de Assis Cerejo, a Missionária Clotilde de Moraes e o pastor Cesar Dias de Carvalho.

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“Cabe ressaltar que na Cadeia Pública José Frederico Marques, tal videoteca está sendo instalada e funcionará nos mesmos moldes das outras unidades (…) prisionais como Pedrolino Werling de Oliveira, Instituto Penal Benjamim de Moraes Filho,  Penitenciária Moniz Sodré e Unidade Materno Infantil”.

A Igreja Batista do Méier, no entanto, nega a doação em publicação feita em seu site. Em nota, o pastor João Reinaldo Purin Junior escreve que a igreja “não autorizou a doação de equipamentos eletrônicos a qualquer complexo penitenciário”.

“A igreja tem por hábito rejeitar quaisquer ofertas, doações e legados, quando estes tenham origem, natureza ou finalidade que colidam com os princípios éticos e cristãos exarados na Bíblia Sagrada”, diz a nota.

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“MORDOMO”

Em junho, o Ministério Público do Rio começou a investigar Cabral por suspeitas de que o ex-governador teria uma espécie de “mordomo” com ele dentro da cela.

Cabral está detido em uma ala reservada a presos que, como ele, possuem diploma de curso superior. No entanto, dos cinco detentos que dividem a cela com o peemedebista, um, Flávio Melo, não teria a formação necessária, segundo reportagem exibida pela TV Globo. Ex-policial militar, Melo foi condenado a 21 anos por crimes relacionados ao tráfico de drogas e, segundo uma justificativa possível, correria risco de vida.

De acordo com a reportagem, as teses consideradas são de que Melo possa ser uma espécie de “mordomo”, responsável pela limpeza da cela, ou um “segurança particular”, uma vez que, “respeitado pelos outros presos”, poderia evitar agressões ao ex-governador. A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) alegou que Flávio Melo está em Benfica por ordem da Justiça. Procurado por VEJA, o escritório que defende Sérgio Cabral afirmou que não comenta o caso do peemedebista.

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