Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Bretas e desembargadoras, o que está na mira do CNJ

Presidente e novo corregedor pretendem dar andamento a processos considerados "sensíveis", como os que miram o juiz da Lava-Jato no Rio de Janeiro

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 25 set 2022, 12h51

Ao assumir o comando do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no início do mês, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber decidiu destapar um vespeiro para a imagem do Judiciário e, ao lado no novo corregedor nacional de Justiça Luís Felipe Salomão, sinalizou que tem interesse em ver julgados o mais rápido possível processos considerados “sensíveis” e que por meses dormitaram nas gavetas do CNJ. Na lista estão investigações que miram o juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, Marcelo Bretas, e desembargadoras baianas investigadas na Operação Faroeste e acusadas de integrar um esquema de venda de decisões judiciais.

A ideia é que o novo corregedor escolha a data para levar os casos a plenário e Weber, de pronto, paute os processos que podem selar o destino dos magistrados, rompendo críticas internas de que acusações sensíveis são deixadas de lado e não têm julgamento célere. As desembargadoras Sandra Inês Moraes Rusciolelli Azevêdo, Ligia Maria Ramos Cunha Lima, Ilona Márcia Reis e Dinalva Gomes Laranjeira Pimentel, por exemplo, respondem desde o mês passado a processos administrativos disciplinares por suspeitas de que tenham vendido decisões judiciais envolvendo grilagem de terras no oeste da Bahia. As três primeiras estão afastadas dos cargos.

No caso de Bretas, o CNJ espera receber nos próximos dias a delação premiada do advogado José Antonio Fichtner, que fechou um acordo de colaboração com a Justiça relatando que o magistrado e o também advogado Nythalmar Dias Ferreira Filho mantinham uma espécie de parceria na qual o criminalista teria acesso a informações sigilosas de investigações da Operação Lava-Jato no Rio e assediaria investigados em busca de contratos advocatícios.

Para provar que mantinha acesso privilegiado a Bretas, Fichtner relata na delação que Nythalmar mostrou, em 2019, detalhes de confissões sigilosas, exibiu cópias de acordos de colaboração em curso e se comprometeu a conseguir uma autorização especial do juiz para uma visita ao presídio de Bangu 8 em pleno feriado de Carnaval, onde seu irmão estava preso. No caso mais emblemático listou um a um os investimentos e saldos bancários de Fichtner, que estavam sob responsabilidade do juiz e do Ministério Público, na tentativa de pressioná-lo a pagar altos honorários.

A partir das informações sobre o magistrado do braço da Lava-Jato no Rio a corregedoria vai decidir que providências eventualmente pode tomar contra o juiz. Além da delação de Fichtner, mencionaram Marcelo Bretas em contextos pouco abonadores outros dois colaboradores premiados. As duas, atualmente no Superior Tribunal de Justiça (STJ), também são esperadas no CNJ.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.