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Bolsonaro recebe alta e deixa hospital Albert Einstein

Presidente estava internado para reverter colostomia

Por Da Redação Atualizado em 13 fev 2019, 15h12 - Publicado em 13 fev 2019, 12h22

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) recebeu alta médica e deixou o hospital Albert Einstein nesta quarta-feira, 13. Ele segue sob escolta policial até o aeroporto de Congonhas, em São Paulo, de onde irá para Brasília. Na capital federal, ele ficará alguns dias em sua residência, no Palácio da Alvorada para só depois voltar a despachar do Palácio do Planalto.

De acordo com boletim médico do hospital, Bolsonaro recebeu alta de manhã “com o quadro pulmonar normalizado, sem dor, afebril, com função intestinal restabelecida e dieta leve por via oral”. Segundo o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, não há compromissos agendados para hoje e Bolsonaro estava “animado e disposto”.

No hospital, Bolsonaro era acompanhado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e o filho Carlos Bolsonaro. Pela manhã, ele se alimentou com pão francês, dois biscoitos de água e sal e fruta cozida. De acordo com o Planalto, o presidente está em boas condições de saúde e se sentindo “muito bem”.

Bolsonaro completou 17 dias internado. Ele passou por uma cirurgia de reconstrução do trânsito intestinal, a terceira desde a facada recebida durante campanha eleitoral. 

Recuperação

O presidente Bolsonaro ainda precisará dedicar dias para cuidados especiais em seu processo de recuperação da cirurgia para retirada da bolsa de colostomia. “Ele voltará em um ritmo tranquilo, moderado”, afirmou o porta-voz na terça-feira, 12. 

O médico Ricardo Portieri, especialista em cirurgias do aparelho digestivo, explica o que costuma ser indicado para pacientes com quadro similar ao do presidente. Na avaliação do médico, viagens longas devem ser evitadas e pelo menos mais uma semana de repouso em casa seria o ideal para Bolsonaro

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Confira a íntegra do boletim:

O excelentíssimo Presidente da República, Jair Bolsonaro, permaneceu internado no Hospital Israelita Albert Einstein entre os dias 27 de janeiro e 13 de fevereiro. A programação da cirurgia eletiva de reconstrução do trânsito intestinal iniciou no dia 27 de janeiro com a avaliação clínica pré-operatória, exames laboratoriais e de imagem, encontrando-se apto para o procedimento.

Na manhã seguinte, o paciente foi submetido a uma cirurgia bemsucedida de reconstrução do trânsito intestinal e extensa lise de aderências decorrentes das duas cirurgias anteriores. Foi realizada anastomose do íleo com o cólon transverso, que é a união do intestino delgado com o intestino grosso. O procedimento teve duração de 7 horas, ocorreu sem intercorrências e sem necessidade de transfusão de sangue. O resultado final do anátomo-patológico evidenciou serosite crônica, sem outras anormalidades.

Devido ao episódio de náusea e vômito em 2 de fevereiro, o paciente passou a usar uma sonda nasogástrica. Apresentou na noite de 3 de fevereiro elevação da temperatura (37,3 °C) e alteração de alguns exames laboratoriais. Foi iniciada antibioticoterapia de amplo espectro empiricamente e realizados novos exames de imagem. Identificou-se uma coleção líquida ao lado do intestino, na região da antiga colostomia. Foi submetido à punção guiada por ultrassonografia e um dreno foi colocado no local. O paciente se manteve sem dor, afebril e em jejum oral. A coleção drenada era sero-hemática e não houve crescimento bacteriano, não configurando infecção.

Nos dias seguintes, houve melhora do seu estado de saúde com redução da coleção líquida no abdome e aumento da movimentação intestinal. Isso possibilitou o início de ingestão de líquidos por via oral em associação à nutrição parenteral.

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Em 6 de fevereiro, teve episódio isolado de febre sem outros sintomas associados, sendo submetido à tomografia de tórax e abdome que evidenciou boa evolução do quadro intestinal e imagem compatível com pneumonia. Essa pneumonia não era associada à ventilação mecânica e possivelmente decorreu de microaspiração de conteúdo gástrico. Foi realizado um ajuste na antibioticoterapia e mantidos os demais tratamentos.

Nos dias posteriores, a evolução clínica foi considerada boa, sem disfunções orgânicas e com melhora dos exames laboratoriais. O dreno colocado no seu abdome foi retirado pela equipe de radiologia intervencionista em 8 de fevereiro, quatro dias após sua introdução. Devido à melhora do quadro intestinal e boa receptividade à dieta líquida, a sonda nasogástrica também foi retirada.

O quadro pulmonar progrediu de forma positiva, assim como os exames laboratoriais. Com a evolução da movimentação intestinal e aceitação da dieta líquida, foi iniciada uma dieta cremosa. A nutrição parenteral foi sendo reduzida gradativamente até sua suspensão em 11 de fevereiro, quando foi iniciada uma dieta leve e mantido o suplemento nutricional.

Durante o período de internação, realizou exercícios de fisioterapia respiratória e motora, com períodos de caminhada fora do quarto. Medidas de prevenção de trombose venosa também foram adotadas.

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Recebeu alta nesta manhã com o quadro pulmonar normalizado, sem dor, afebril, com função intestinal restabelecida e dieta leve por via oral.

Dr. Antônio Luiz Macedo, cirurgião e médico titular

Dr. Leandro Echenique, cardiologista

Dr. Luis Fernando Aranha, infectologista

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Dra. Carmen Silvia Valente Barbas, pneumologista

Dr. Celso Cukier, nutrólogo

Dr. Miguel Cendoroglo, Diretor Superintendente do Hospital Israelita Albert Einstein

(com Estadão Conteúdo)

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